quarta-feira, 21 de abril de 2021

Modernidade Insana

 Até agora nunca vivemos nada parecido em nossa vida. De fato, nada parecido e nem semelhante no cúmulo da semelhança. Pois nunca, até o momento, nós vivemos esse momento que está "momentando", ou seja: se passando. 


"Tic tac, tic tac...", urge o relógio que desestabiliza o contador em seu escritório. "Tic tac, tic tac... toc!" Passou sua vida, e ele se enxerga um grande fracasso. Pobre Renato, que não conseguiu um salário de quatro mil; nem sequer uma namorada dos sonhos, e muito menos uma vida estável com filhos felizes e alegres. 


Acorda, Renato! Acorda meu bem! Pois na modernidade, tal qual no conto de fadas, tudo deve acabar muito mais do que bem!    Se não acabou, você fracassou.


Ah, o que dizer desta geração? São como crianças iludidas que acham que de tudo podem fazer e ter. Falam por debaixo da saia de Nietzsche, esperando palmas e coroações da vida. Mas esquecem que é necessário pagar o preço da famosa filosofia do martelo. É deveras importante ter culhão para aguentar a vida sem nenhuma ilusão ou metafísica perturbadora.