"Adeus, minha querida" disse eu a mim mesmo e me referindo ao amor que me acompanhou por muitas estações. Esse ciclo se encerrou, definitivamente! E durante esse ciclo as emoções foram intensas, tão intensas que se revelaram um fogo que purificou a minha dependência emocional; que me deram um renascimento da tristeza profunda e da melancolia.
O peso que me assolava foi como um casulo apertado que trouxe a mim o hercúleo trabalho de criar músculos que o rompesse na hora certa. O casulo se rasgou e meus músculos, agora fortes de tanta tentativa de desvencilhamento de emoções de apego, se revelaram fortes para suportar as minhas asas! Ah, essas asas... são asas de liberdade que me revelam como uma borboleta. Estou livre, constatei, estou livre de emoções que me aprisionavam. E meu ego que estava frágil e cansado de tanto se moldar aos outros... encontrou originalidade e a sua régua que mede o mundo à sua forma.
Entendam, meus caros: o peso da liberdade é um exercício que nos capacita a bater asas e voar. Mas o peso da obrigação, de uma relação falida... é uma âncora que nos afunda para o fundo do mar. Eu quero os céus, o ar livre e puro! Não quero as profundezas insalubres de oceanos daqueles que são mal-amados. A mim serão reservados os muitos amores e as muitas pessoas que quiserem o peso da liberdade! Em meu mapa astral o aspecto geminiano é selvagem e sedento pelos ares como uma borboleta que saiu do casulo. Em gêmeos, três planetas estão na casa 06, incluindo vênus... incluindo a fuga, a fuga da monogamia.
-Gabriel Meiller
Nenhum comentário:
Postar um comentário