quinta-feira, 8 de março de 2018

A Religião Fundamentalista


  A religião e seu fundamentalismo delirante provoca um forte arianismo nos seus praticantes. Assim como o Nazismo de Hitler e seu antissemitismo, muitos no meio religioso nutrem um sentimento de antimundanismo, em maior ou menor grau, pelo menos no Ocidente judaico-cristão. E sei que não se restringe somente a ele.  Antimundanismo significa pavor e preconceito contra as pessoas "do mundo". Esta palavra representa um sistema de pessoas que não professam a fé do indivíduo e não são do seu círculo religioso. O fundamentalismo religioso não está somente em parte dos muçulmanos e nem no Estado Islâmico, mas em todas as religiões, inclusive aqui no Ocidente judaico-cristão. A repressão do sexo sempre foi constante nesta religião, desde o cristianismo medieval católico, indo ao protestantismo e às igrejas evangélicas de hoje. A história mostra o machismo presente no cristianismo e as visões exageradas de personagens históricos que viam o sexo como somente para reprodução. Não estou desqualificando a religião por inteiro, muito menos o âmbito da fé, que pode ser independente do sistema religioso organizado. A religião contribui muito quando as obras sociais e a vida pessoal do indivíduo é agregada com laços entre a comunidade religiosa e o  cidadão; este porém, é o lado bom e possível da religião livre de fundamentalismos radicalistas (a redundância foi proposital). Entretanto, conjuntamente com esse lado solar, há o lado negro e nefasto dela: a intolerância que assola certa quantidade de indivíduos que, pelo frenesi constante do meio e das mazelas dos fiéis desestruturados (assim como todo ser humano é desestruturado em algum ponto), o indivíduo se vê como dono absoluto da verdade e de seus dogmas, sentindo-se obrigado a converter os "do mundo" para o seu sistema religioso. Ele espera obter a recompensa da sua divindade em troca de seu zelo fundamentalista. E por que isso ocorre? Porque o ser humano, por natureza, ou por consequência do sistema mundial em que nasce, aprende a lei da mutualidade e da correspondência. Já ouviu a frase "Nada é de graça?" Ela expressa uma máxima: a máxima da meritocracia e obrigatoriedade de merecer um algo. O indivíduo que acredita que recebeu coisas da comunidade e da sua divindade, irá querer conquistar as benesses deles e fazer o que for preciso para que a sua religião seja recompensada. Isto porque eu não falei sobre os conflitos internos religiosos. Digo isso com as sempre devidas excessões do ser humano, em qualquer área.  Na religião do Ocidente, temos as cruzadas medievais, rumo à Jerusalém que em certa parcela tinha motivos religiosos também. Temos a "Santa Inquisição" católica que matava e condenava muitos pagãos e infiéis à fogueira e torturas. Temos também a Inquisição protestante que não ficou nem um pouco atrás da católica, e temos os conflitos atuais do Estado Islâmico. São apenas exemplos breves para demonstrar que a religião fundamentalista, aliada ao indivíduo desequilibrado... gera grandes males. A conclusão que chego se resume no seguinte slogan: "Religião, beba com moderação". 
#Prosador
     
Imagem em:
http://aletheia.blog.br/moral-crista-e-o-fundamentalismo-religioso/
Acesso: Mar, 2018.

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