Aprender a pensar é essencial; aprender a desaprender para aprender coisas novas... é imprescindível. Em reconstrução permanente!
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
O Novo Éden
O Éden, além de um jardim físico com uma grande diversidade de árvores e animais, representava a perfeição e os ideais originais de Deus na criação do cosmos. A principal marca do Éden era o relacionamento de Adão e Eva com o Verbo Vivo. A criação do ser humano já demonstrou esse objetivo do Divino, onde Ele esculpiu detalhadamente o homem (pelo menos no meu ver) e soprou fôlego de vida em suas narinas. Como Ele soprou ou se esta expressão era simbólica para facilitar a compreensão sobre a natureza de Deus, não nos interessa agora. Mas sim o fato de que o Eterno partilhou algo com o homem e que não havia partilhado com os animais: o seu Espírito. O homem ganhou um espírito que é eterno. Ele sempre irá existir; seja no corpo ou fora do corpo, no céu ou no inferno... a vida é eterna. Assim entendemos que o homem é a imagem da semelhença de Deus. O que não se diz o mesmo dos animais, embora eles tenham alma e vida, mas não possuem a capacidade e complexidade de exercer a razão do homem, mas agem por extinto. E a Bíblia narra o relacionamento do homem com o Criador, aonde havia uma relação de confiança entre ambos, por meio do jardim:
"Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome. Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse.Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a levou até ele. Disse então o homem: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada”
(Gênesis, 2:19 ao 23 - Nvi).
Deus trouxe os animais para Adão nomear. Antigamente eu não me atentava para este detalhe e só o enxergava como um simplório dever em que Adão foi encarregado. Mas na verdade isso fez parte da relação entre eles, assim como um pai confia em seu filho que o sucede nos negócios, ou quando um amigo confia no outro para emprestar seu carro. Não era uma relação de formalismos, burocracias ou cheia de regras, afinal era o Éden pré-queda. Então o antigo Éden era o relacionamento de Adão a base de confiança e intimidade com o Eu Sou. Após a queda, a maior consequência tornou-se o relacionamento estremecido com o Deus e a morte física. O Éden se extinguiu; o Éden interior da confiança e da intimidade. O maior estrago foi o homem distante do Divino e da natureza corrompida que o distanciou dEle.
Mas Jesus Cristo na cruz, sendo Deus encarnado e crucificado, foi a representação do ressurgimento de um Novo Éden. E desta forma o homem voltou ao Éden interior, onde há relacionamento e confiança; liberdade e vivacidade. O efeito da lei que era como uma tutora e também o efeito do pecado, foram aniquilados. Embora ele continue até o fim desta vida latente em nós. Parte da lei foi sepultada em Cristo, pois eram sombras do que já veio (Hb 10) e agora seguimos Cristo e não rituais. Não seguimos cegamente à um manual de regras, mas o exemplo e o legado: o Verbo vivo que viveu entre nós; a Luz que ilumina os homens e que habita neles. A lei é relativizada quando não aponta para O Caminho, À Verdade e À Vida. Ela deve ser trazida à liberdade (Tg 1:25), tornando-se a Palavra de Deus e que não tem a ver com leitura de letras que matam, mas com o entendimento das verdades exprimidas pelas letras, sob a ótica do Espírito de Cristo. "As minhas palavras são Espírito e vida", disse a Consciência Suprema. E assim somos cartas vivas que exclamam a todos: "me leiam, me leiam!". Desta forma, não se odeia todos os inimigos com ódio implacável, como demonstra o Salmo 139 em seu final, nem sacrifíca-se bodes ou ovelhas (tadinhos). Mas se retribui o mal com o bem e abandona-se o "olho por olho e dente por dente", pisando desta forma na cabeça da Serpente.
#Prosador
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Acesso: Outubro, 2017.
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