Aprender a pensar é essencial; aprender a desaprender para aprender coisas novas... é imprescindível. Em reconstrução permanente!
sexta-feira, 26 de janeiro de 2018
O Eclesiastes: Embate de Gerações
"Gerações vêm e gerações vão, mas a terra permanece para sempre. Ninguém se lembra dos que viveram na antigüidade, e aqueles que ainda virão tampouco serão lembrados pelos que vierem depois deles." Eclesiastes 1: 4 e 11 -Nvi.
Desde que o mundo existe, as gerações mudam, pois os filhos de seus pais geram filhos... que também geram outros filhos e assim por diante. O Eclesiastes discerniu isto e a dinamicidade das gerações, que logo esquecem os seus antepassados. Gosto muito de um provérbio Árabe que diz: "Os homens se parecem mais com sua época do que com seus pais". E isso de fato é verdade! Cada geração tem seus costumes e tradições diferentes das antigas, pois o ser humano é dinâmico e diverso. Com a globalização, resultante da tecnologia, as informações chegam a cliques do nosso celular. Uma criança de hoje tem muito mais informações do que pessoas de outras gerações passadas. No ambiente virtual, podemos aprender à distância com pessoas que nunca veremos na vida e por isso, qualquer um pode aprender e pensar diferente de seus pais. Por isso a nossa geração é mais dinâmica e aberta para as novidades; porém, muitas vezes é frágil em relacionamentos palpáveis e reais. Os antigos tem mais sensibilidade com os outros exatamente por desenvolver o relacionamento pessoal. Claro que sempre existe uma porcentagem de excessão em toda geração. Em compensação, os antigos são mais fechados para novidades e mais apegados à tradição. No mundo eclesiástico, a geração antiga das doutrinas de vertentes evangélicas, católicas, espíritas, islâmicas e etc... são mais fechados e engessados em suas tradições. Mas os seus filhos têm mudado a forma de agirem em suas religiões e de ver ao Deus ou entidades que cultuam. No meio evangélico, os filhos dos evangélicos tem mudado a forma de serem igreja; regras de usos e costumes estão entrando em obsolência, como tatuagens, brincos e alargadores em homens, e estilos de músicas. A estrutura tem sido abandonada; o número de "desigrejados" aumenta a cada ano e a previsão de alguns é a extinção e caducidade da forma tradicional de ser igreja, ou seja: a forma de igreja institucional. Esta é a igreja do amanhã: diversa, subjetiva e fruto da modernidade globalizada. Algo muito bom, mas também ruim dependendo do uso. Neste embate de gerações, precisamos aprender com os antigos a arte do relacionamento pessoal e da disciplina existencial. E eles precisam aprender conosco a se abrirem para as coisas novas e para a despadronização engessante de verem o mundo, mas verem o mundo como dinâmico e respeitarem as diferenças de pensamento e a diversidade de cada indivíduo. O Eclesiastes diz que nossa vida aqui é efêmera e que um dia, vamos ser esquecidos. Por isso, temos que tratar o próximo como alguém que está de passagem e como filho de seu tempo. "É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã... porque se vicê parar pra pensar, na verdade não há", disse Renato Russo.
#Prosador
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Acesso: Jan, 2018.
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