segunda-feira, 23 de julho de 2018

A Alienação na Racionalidade Científica


"A questão existencial de saber se existe "mais" se estende além do aspecto da experiência humana como um todo. Pois alcança também um âmbito pessoal e individual."
-Thiago Arrais



 Essa frase de Thiago Arrais me trouxe um entendimento sobre um assunto muito presente em muitas pessoas;  principalmente em mim. Muitos intelectuais e acadêmicos também passam por isto. E o que seria tal assunto? A alienação na racionalidade científica.   Alienar-se na racionalidade científica significa ver toda a existência e tentar teoriza-la a partir da racionalidade e da intelectualidade de pressuposto meramente científico. E por quê isto é comum? Porque vivemos na era científica em que tudo precisa ser testado e teorizado de acordo com as leis universais dela. O que não pode se encaixar no cientificismo humano (ou seja, do controle humano sobre a interpretação de fatos e fenômenos universais ) é facilmente descartado ou colocado como fora de norma e padrão. Mas nem tudo, como por exemplo sentimentos, emoções e outras áreas, podem e devem ser teorizadas. Como disse Thiago Arrais, há questões que fogem da vida racional e dessa existência e o "mais" ou seja, o transcendente a esta ordem de coisas, o inexplicável e o pessoal... só podem ser vivenciados pessoalmente e não servem para teorizar. Teoria serve para a prática, assim como o trabalho, o comer, a diversão e as demais áreas servem para a vida. Na ordem ideal da existência: a ciência, o conhecimento, a comida, o dinheiro e o prazer... estão a serviço da  grande arte de se viver. Não são um fim em si mesmos. Quem vive para trabalhar ao invés de trabalhar para viver? Ou quem se propõem a ser uma enciclopédia ambulante ao invés de usar a ciência e o conhecimento para uma melhor qualidade de vida? Desta forma... a experiência e o sentido de se viver encontram-se quando a vida não serve aos meios, mas os usa para ela e não se aliena neles.
#Prosador

Imagem em:
<http://www.esquerdadiario.com.br/A-alienacao-do-trabalho>
Acesso: julho, 2018.

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