Aprender a pensar é essencial; aprender a desaprender para aprender coisas novas... é imprescindível. Em reconstrução permanente!
quarta-feira, 5 de junho de 2019
A esperança na perfeição causa destruição
P-e-r-f-e-i-ç-ã-o. A mais sonhada utopia que a humanidade já desejou. Nunca existiu! Vivemos num mundo imperfeito em que o sofrimento e as mazelas ditam quem somos e a alegria e os momentos de felicidade são o alívio passageiro das tristezas e angústias. O que dizer de tudo isso? Não se diz; se sente! A única linguagem capaz de expressar o sofrimento encaixotado no fundo da alma (ou da mente), são as lágrimas que emergem do Homo Falsus Perfectum, repleto de lembranças e do pavor recalcado em seus porões internos. As lágrimas falam mais do que a linguagem das palavras, da escrita e de qualquer ato cotidiano. A imperfeição é inerente ao ser humano; a perfeição algo abstrato, desde o Big Bang, desde os nossos ancestrais primitivos. O que nos traz sofrimento mais do que ele próprio é: a esperança de que a perfeição ocorra algum dia. Neste sentido, a esperança destrói o mundo mais do que ele já se destrói. É na esperança de ficar rico que um ser humano pode destruir, aos poucos, tirando atenções e cultivando desafetos em seus familiares; é na esperança de dominar o mundo ou qualquer território, que os ditadores têm surgido e surgirão. Ah , a esperança!!! Destruidora de lares e de mundos. Nefasta quando cultivada de forma ilusória.
#Prosador
sexta-feira, 31 de maio de 2019
Por que os homens olham para a bunda das mulheres? A Biologia explica.
Quem nunca reparou quando os rapazes passam perto de uma moça, estonteante e com generosas curvas, o rebuliço que isso causa? O olhar do homem para a mulher é o típico olhar de quem foi fisgado pela maravilha de quadris e glúteos à sua frente. Um olhar de um caçador em busca de uma vítima. Todos os homens antenados sabem do que estou falando, até mesmo os religiosos que tentam não pactuar o olhar, crendo ser isto uma lascívia. O ponto é que estas atitudes nos homens são da natureza evolutiva deles. O sexo era valorizado pela espécie (e sempre será) a tal ponto da fisiologia humana gritar através de dopaminas e ocitocinas cerebrais. Esse grito é uma sinalização de que o sexo é importante e valorizado: sexo, principalmente naqueles dias primitivos do Homo Sapiens, significava procriar. E procriar era fundamental para existência humana. Por isso, jovem donzela, quando estiver saindo de shorts curto e calça leg na rua... tenha em mente que você estará atiçando naquele homem hétero (machista ou não) os hábitos remanescentes do período de caça e coleta em sua mente. Isto é obra do tempo evolutivo que esculpiu no homem estes desejos primitivos humanos. Não estou dizendo que o estupro é justificável, seria loucura isso. Pois a partir do momento que o Homo Sapiens desenvolveu a racionalidade e se estruturou na civilização, a razão, advinda de partes novas do cérebro, como o córtex, deve prevalecer acima destes instintos básicos do sexo.
#Prosador
#Prosador
quinta-feira, 28 de março de 2019
Rafael Gonçalves, o Kamaitachi
O jovem compositor brasileiro Rafael Gonçalves, nascido no Rio de
Janeiro, com o nome artístico de Kamaitachi, fez sucesso recentemente, no
ano de 2018, após gravações de suas criativas músicas por meio de um simples
aparelho eletrônico. O nome Kamaitchi é um mistura de duas palavras e que
compõem o nome de um demônio (Yokai) japonês. “Kama” significa lâmina e “itachi”
significa doninha, fazendo referência ao ato de um demônio que corta por meio
de um golpe de ar frio que causa ferimentos leves, mas que infecciona. Segundo
a explicação de Rafael Gonçalves, o Kamaitachi, esse nome é uma simbologia para
o seu estilo musical que é analogizado como uma melodia suave (como uma
doninha), mas cortante em suas letras. Isto quer dizer que suas letras tratam
sobre temas considerados difíceis de se digerir pela maioria da sociedade, como
por exemplo: o feminicídio, expresso na música “Noiva Cadáver” em que Rafael
retrata em sua música a mentalidade
sórdida do assassino que é obcecado por sua suposta noiva a ponto de dançar com
ela após assassiná-la e expressa esta metáfora de assassinato através da parte
da música: “Todo mundo procurando minha menina, minha casa rodeada de polícia…
A minha menina é um anjo, só fiz questão de devolver pro céu, pra tentar livrar
desse mundo sujo imundo, pra tentar livrar desse mundo tão cruel.”
A mente do assassino é obcecada
pela vítima, através de uma fixação e um suposto zelo que justifica as suas
ações destrutivas em prol da vítima. Pois o assassinato de sua amada é tratado
com eufemismo e ironia pelo assassino nas frases: “A minha menina é um anjo”,
onde demonstra seu amor obsessivo por ela; e em: “ só fiz questão de devolver
pro céu”, demonstrando seu ímpeto assassino destrutivo, causado talvez pelo
fato de alguma briga ou da possibilidade da vítima ter dito que ia
deixá-lo. Claramente a música faz uma
crítica CONTRA o feminicídio, demonstrado na melodia suave que contrasta e pega
o leitor de surpresa na letra ácida e cortante. A música recebeu algumas
críticas e acusações de incentivo ao feminicídio por algumas pessoas,deixando o
compositor consternado. Entretanto, estas pessoas provavelmente não refletiram
que era justamente o contrário, sendo uma crítica social contra a violência
doméstica e feminicídio.
Em outras músicas, Rafael também
usa letras cortantes com uma melodia suave, como a música “Chamas da Vida” em
que algumas frases sugerem sentimentos de suicídio e sugestões ao personagem da
música: “Teu rosto tem cinzas de uma vasta terra devastada, por necessidade de
destruição… Por que você não apaga as chamas da vida e dê motivo para os mortos
acharem a saída?” A música fala de um eu lírico que sofreu ou sofre intempéries
da vida, expressos através de expressões como “dor fantasma” e “que esfria tua alma e congela o teu coração” e que cometeu
atos errôneos, expressos pela metáfora “tua espada está sempre vermelha, com
sangue de ovelha, mas isso não te causa aflição”, mostrando que o personagem na
música não apresenta remorsos ou arrependimentos das coisas que fez, sendo
semelhante ao personagem da música “Noiva Cadáver” e que vive a vida com uma
necessidade de destruição, como mostrado acima. A sugestão feita a ele então,
seria a morte, ou melhor, o suicídio, expresso através da metáfora de apagar as
chamas da vida e encontrar a solução, juntando-se aos mortos. Aqueles que já
partiram deste mundo e que conhecem a suposta saída desta realidade.
Mas por que Rafael possui este
estilo de música (que eu admiro muito, por sinal!) ? Não posso afirmar nada,
pois não o conheço pessoalmente e não existem verdadeiras bibliografias sobre
sua vida (que eu saiba), somente algumas informações básicas. Mas posso dar minha opinião
baseada em que vi em suas letras e com as informações que juntei sobre ele.
Rafael demonstra ter um histórico de depressão e claramente vontades de
suicídio (que ser humano nunca pensou em se suicidar?) e que são expressas em
suas músicas. Ele sofria bullying na escola por gostar de Rock (serio mesmo???
O povo devia ser o que? Funkeiro?) e talvez este seja um dos motivos de Rafael
possuir esse ar lúgubre. Ele possui muito talento e conhecimento de diversas
áreas, expressando suas ideias, hábitos e sentimentos por trás das músicas e de
forma sensacional. Embora Rafael componha músicas com temas lúgubres, ele não
pode ser resumido somente a isso, pois também possui outras temáticas e porque ele
é muito mais do que isso. Sua bagagem de conhecimentos gerais é muito grande e
refinada, indo desde o Velho Oeste estadunidense (quem mora nos EUA é
estadunidense, não são os únicos americanos e não darei a eles esse orgulho),
expressos pela música “Seis balas” até a mitologia/religião hindú, através da
música “Botas Verdes de Néon” que menciona a deusa Kali, sendo a representação
da natureza e considerada a essência de tudo. Realmente suas músicas não
expressam metade de seus conhecimentos e nem sua essência artística refinada e
criatividade aguçada. Desta forma, eu encerro, reconhecendo que não falei tudo
sobre Kamaitachi e que talvez posso ter errado em alguma coisa; mas considero
que no geral fiz uma boa interpretação de algumas poucas músicas de Rafael e
sobre sua obra.
sexta-feira, 15 de fevereiro de 2019
Tempos Verbais
Quando passamos pela escola ou até mesmo antes dela, de modo empírico nós aprendemos muitas lições que a vida nos ensina espontaneamente. Dentre muitas lições, os tempos verbais são muito enfatizados. O passado significa todos os acontecimentos que um dia foram um momento presente e que acabou e extinguiu-se logo depois. Porém, o passado continua vivo em nossas mentes, mesmo que não exista mais na concretude da vida real. "O passado passou!". Sim! Porém, ele continua vivo em nossa mente e nos influência no presente das formas mais sutis e inconscientes. Já o futuro é um tempo que nunca chegou; podendo chegar caso a nossa vida não se extingua repentinamente através da morte. O futuro, por ser o mais incerto dos tempos verbais e nunca ter ocorrido, diferente do passado, é o tempo mais temido e constante na consciência dos Homo Sapiens. Por acaso o medo, uma emoção, existe no passado? Não! Ele existe no presente de forma suave, menos neurótica, como que um mecanismo de defesa e mais parecido com uma espécie de receio. O medo no presente é, de fato, muito mais um mecanismo de defesa em relação ao medo do futuro. Pois o medo projetado no futuro ocorre de forma extremamente ansiosa em nosso organismo e também: desnecessária! Desnecessária porque o futuro que existe em nossas mentes pode não acontecer da forma que pensamos. Na verdade, poucas vezes o futuro, em forma de presente que irá chegar, acontece como os Homo Sapiens programaram ou esperavam. Sendo assim, o futuro é ilusório até que ocorra e se prove o contrário. O futuro não existe fora da mente humana, nem o passado, embora o passado tenha existido e nos influenciado de alguma forma. Nesta diletância entre tempos verbais a depressão pode ser o excesso de passado, enquanto a ansiedade representa o excesso de futuro. Mas o presente permanece esquecido nesta história toda, principalmente em detrimento do futuro. Muita energia é investida no futuro, como faculdades, poupanças, investimentos e tantas outras atividades que os sapiens fazem para que um dia possam alcançar suas metas e a sonhada felicidade. O segredo para uma boa "conjugação verbal existencial" em nossas vidas, seria sabermos planejar de forma equilibrada o nosso futuro, não deixando que a mente se fixe nele em maior parte do dia, mas sim no presente, com variações saudáveis entre o passado e o futuro.
domingo, 20 de janeiro de 2019
Os Três Caminhos
Existem três caminhos a serem tomados quando um ser humano caminha sobre este plano terreno. Aquele que foi jogado nesse absurdo de mundo sem ter pedido para nascer, tem três alternativas para caminhar no seu lar temporário.
O primeiro caminho é o caminho da fé; o caminho da fé é o caminho mais fácil, comparado aos outros. Este caminho tem o chão dourado e liso, ar condicionados dentro de suas estruturas, bem como apoios e muletas para se caminhar. O caminho da fé é o caminho da verdade absoluta; pronta e acabada. Em que não se precisa questionar se existe, ou não, outro plano além deste; muito menos questionar este plano atual; é o caminho em que a confiança na revelação da verdade tem que ser total! No caminho da fé a existência é anestesiada por aquele que fixa seus pensamentos e esperanças em outra dimensão, acreditando que a vida aqui é somente um estalar de dedos. A divindade tem seus planos para a vida dos que acreditam nela e vivem aqui; a divindade é a grande arquiteta do universo e tudo o que ela fez é perfeito. Tudo o que os fiéis precisam fazer é somente seguir os rastros que a divindade deixou para estes neste plano, através das revelações escriturísticas ou de outras formas ocultas à ciência.
O segundo caminho é o caminho do ceticismo e incerteza; neste caminho sombrio e incerto por natureza, o mundo é muito imenso. Este é o caminho mais desconfortável de se trilhar, mas o mais próximo do Real. A realidade é incomunicável de forma plena e a verdade é temporária, mutável e medíocre. Nesse caminho não existe a palavra absoluto; ele se opõe ao primeiro caminho, sendo contra a ingenuidade que aprisiona o ser humano da realidade. O caminho do ceticismo é o da desconfiança por essência; existem mundos ou planos fora este? divindades existem? Quem somos e para onde vamos? Estas perguntas são irrespondíveis por este caminho, pois não são possíveis e passíveis de investigação. Ora, a ciência é a prova do que vemos e certeza do que examinamos; enquanto a fé é sua antítese. Quando eu seguia o primeiro caminho, eu acreditava que ciência e fé andavam juntas, querendo conciliar as duas rotas. Mas tentar ligar estas duas rotas, seria criar um acidente entre dois trens opostos, que passariam pelo mesmo trilho e se chocariam frontalmente.
Por fim, o cético considera que o caminho da fé é alternativo; o cético não nega a existência da divindade ou não existência. Ele apenas considera que não sabe de nada neste enorme universo, e que só sabera se existe algo além deste plano, quando um dia ele partir dele. Mas o ateu é mais um presunçoso que sem ter esperado sua hora de partir, deu seu veredito, negou a existência de coisas que não pode provar, fugindo do alcance da ciência que é investigar o que é tangível. O ateu tem sua própria religião, o ultraceticismo; enquanto o religioso e o homem de fé cultiva sua religião de supervalorizar a falta de evidência para um lado (crença); o ateu supervaloriza falta de evidência para o outro (o da descrença). Sendo assim, o ateu segue o caminho da descrença, o terceiro caminho. O caminho de verdade absoluta de que não existe nada além desse plano, nem alma, nem espírito e nem nada que o primeiro caminho afirmou, mas não pode provar. O ateu afirma que não existe ao invés de dizer que não sabe se existe ou não. O ateu inventa a realidade da certeza absoluta do nada após o fim de um organismo vivo, chamado Homo Sapiens, neste plano. Mas ele não pode provar concretamente essa definição, assim como o religioso não pode provar a sua. O ateu é tão ingênuo quanto o religioso no final das contas e o cético considerado covarde pelos dois arrogantes.
Mas quem é o cético? É aquele que caminha numa corda bamba se equilibrando entre um lado e outro; tenta não cair nem para a direita, nem para a esquerda; nem para frente, nem para trás. É aquele que cochicha esquizofrênicamente para dentro de si: "Perdoe-me, Deus, caso você exista e eu não tenha ligado!" E depois de uma leve inclinada para a direita, se desequilibra para a esquerda e cochicha para si: "Perdoe-me caso fui infantil em meus mitos e ingenuidades sobre a realidade; caso quis me apoiar em muletas para amar a vida como o absurdo que ela é." E assim o cético bambaleia em sua corda, convivendo com a incerteza obscura da existência.
#Prosador
#Prosador
sexta-feira, 18 de janeiro de 2019
Um balanço sobre o cristianismo
Como ex-cristāo evangélico, nascido e criado neste lar, passo a tecer consideraçōes que podem fazer algum cristāo me odiar. Escrevo com brilho no olhar, tanto para acentuar coisas boas sobre o cristianismo, quanto as ruins. Sobre estas últimas eu já me adianto no linguajar gospel para provocar espanto: quão densas trevas sāo! Falo mais aos cristāos evangélicos, embora alguma coisa ou outra se encaixe aos católicos, espíritas, adventistas e mórmons.
Ainda dou-lhe tempo, jovem cristão turrāo; vá e saia daqui enquanto é tempo, antes que eu dilacere suas esperanças e te apresente às dúvidas que nunca antes pensastes. Mas se és tu cristāo aberto, que nāo faz forças para racionalizar possíveis verdades... digo-lhe: seja bem vindo!
Primeiro dou-lhe o bofetāo logo de cara; para poder depois remediar tua angústia com um meio sorriso nesta cara. Falarei do cristianismo, focando mais na área institucional, nāo focando muito em questōes ditas metafísicas e teológicas, mas acrescentando suas pitadas no enorme calderāo da estapafúrdia moral do dito cristāo. A seguir seguem as críticas de forma honesta e sem trapaceios.
O cristianismo tradicional institucional, principalmente o evangélico, tem seus pilares baseados em alguns pressupostos: a crença das causas e efeitos (de que existe uma divindade que controla tudo ou permite o que acontece); repressão moral e repressão sexual (sexo depois do casamento é pecado grave para muitos) e quando o cristāo é devoto, o casamento ocorre mais rápido que um raio que toca dos céus ao chão.
Primeiro dou-lhe o bofetāo logo de cara; para poder depois remediar tua angústia com um meio sorriso nesta cara. Falarei do cristianismo, focando mais na área institucional, nāo focando muito em questōes ditas metafísicas e teológicas, mas acrescentando suas pitadas no enorme calderāo da estapafúrdia moral do dito cristāo. A seguir seguem as críticas de forma honesta e sem trapaceios.
O cristianismo tradicional institucional, principalmente o evangélico, tem seus pilares baseados em alguns pressupostos: a crença das causas e efeitos (de que existe uma divindade que controla tudo ou permite o que acontece); repressão moral e repressão sexual (sexo depois do casamento é pecado grave para muitos) e quando o cristāo é devoto, o casamento ocorre mais rápido que um raio que toca dos céus ao chão.
Quanto tempo ele vai durar? Por que casaram, de fato? A carência e vontade de sexo influenciaram muito ou um bocado? Cerveja? Talvez vinho e olhe lá; na pentecostal tá amarrado; e na neopentecostal? Dá teu carro pra Jesus, seu otário!
Também passo a falar sobre a coerção do dízimo, em que o estupro mental com base bíblica é uma realidade. Na neopentecostal é sem vaselina; na presbiteriana? Tem até camisinha! Mas todas são iguais, no fundo querem teu dinheiro para Deus e para o pastor comprar na Marabraz. "E o contexto histórico?" Você diz. E eles retrucam:
"Tá repreendido Satanás!!! É o Espírito que revela", grita o (neo) pentecostal. "Acha que sabe de algo? Mas quem sabe sou eu; fiz seminário na Mackenzie e agora ganho dez salários mínimos".
E depois disso continua o pastor presbiteriano riquinho com um tal papo de eleiçāo, dizendo que Deus pôs marcas em bois; um vai pro céu cantar no coralzinho; outro vai pro inferno ser churrasquinho, porque Deus é mimadinho. Um capricho aqui e outro ali e Deus é seletor de carne Friboi, sem direito a frigorífico. E então a festa da misoginia começa: já viu pastora presbiteriana ou mulher do padre? Só em brincadeira, irmāo!
"Mulher é a ruína, coisa do capiroto..." comeu do fruto e afundou o senhor Adão. Mais um mito típico de cuzão; perdão, irmão! Palavrão também não pode, não. O seu Paulo (apóstolo) disse que mulher é submissa e não manda não; se pá ainda usa véu e se reclamar é cartão vermelho do maridão. Ele se diz o cabeça, dá as ordens e tem autoridade vinda do Chefão Celeste. E o homossexual, então? Vish, tocar nesse assunto é B.O na certa; nas igrejas a homofobia é absorvida por osmose. E se entrar uma trans na igreja então? Tá amarrado, marginalizado e excluída!
Também passo a falar sobre a coerção do dízimo, em que o estupro mental com base bíblica é uma realidade. Na neopentecostal é sem vaselina; na presbiteriana? Tem até camisinha! Mas todas são iguais, no fundo querem teu dinheiro para Deus e para o pastor comprar na Marabraz. "E o contexto histórico?" Você diz. E eles retrucam:
"Tá repreendido Satanás!!! É o Espírito que revela", grita o (neo) pentecostal. "Acha que sabe de algo? Mas quem sabe sou eu; fiz seminário na Mackenzie e agora ganho dez salários mínimos".
E depois disso continua o pastor presbiteriano riquinho com um tal papo de eleiçāo, dizendo que Deus pôs marcas em bois; um vai pro céu cantar no coralzinho; outro vai pro inferno ser churrasquinho, porque Deus é mimadinho. Um capricho aqui e outro ali e Deus é seletor de carne Friboi, sem direito a frigorífico. E então a festa da misoginia começa: já viu pastora presbiteriana ou mulher do padre? Só em brincadeira, irmāo!
"Mulher é a ruína, coisa do capiroto..." comeu do fruto e afundou o senhor Adão. Mais um mito típico de cuzão; perdão, irmão! Palavrão também não pode, não. O seu Paulo (apóstolo) disse que mulher é submissa e não manda não; se pá ainda usa véu e se reclamar é cartão vermelho do maridão. Ele se diz o cabeça, dá as ordens e tem autoridade vinda do Chefão Celeste. E o homossexual, então? Vish, tocar nesse assunto é B.O na certa; nas igrejas a homofobia é absorvida por osmose. E se entrar uma trans na igreja então? Tá amarrado, marginalizado e excluída!
Vê então que a "cosmofobia" (medo de pessoas do "mundo", afinal eles são de Marte) é uma realidade! Fumar cachimbo da paz? Tá maluco? Erva só capim cidreira e chá de camomila!
E aí... você ainda quer brincar de ser cristão? Isso é coisa de vilão!
Qual é o lado bom então? Tirando essas tralhas todas... o ideal é legal. A ideia de que o favor imerecido constrange, deixa qualquer um desconcertado. O amor incondicional, o perdão? O não julgamento, humildade, gratidão e respeito? É tudo! O serviço social (não entrarei nas motivações por trás) ajuda aquele que precisa de ajudas. A caridade, a doação, cesta básica e o grupo social que te dá apoio para "vencer na vida" e depois contar a história de superação... é algo bom. A alienação da realidade como ela de fato é, ainda está em discussão; Nietzsche abomina essa troca da vida aqui na Terra pela vida no suposto céu. Mas diante dos que se matam por contemplar demais a realidade... os cristãos nesse ponto saem no "lucro". Afinal, as estórinhas com finais felizes sempre são mais legais.
Qual é o lado bom então? Tirando essas tralhas todas... o ideal é legal. A ideia de que o favor imerecido constrange, deixa qualquer um desconcertado. O amor incondicional, o perdão? O não julgamento, humildade, gratidão e respeito? É tudo! O serviço social (não entrarei nas motivações por trás) ajuda aquele que precisa de ajudas. A caridade, a doação, cesta básica e o grupo social que te dá apoio para "vencer na vida" e depois contar a história de superação... é algo bom. A alienação da realidade como ela de fato é, ainda está em discussão; Nietzsche abomina essa troca da vida aqui na Terra pela vida no suposto céu. Mas diante dos que se matam por contemplar demais a realidade... os cristãos nesse ponto saem no "lucro". Afinal, as estórinhas com finais felizes sempre são mais legais.
E aí, ainda compensa ser um cristão? O Nazareno nunca foi um, caso você se inspire nele; nunca disse a seus discípulos, "vocês agora são cristãos!"
#Prosador
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terça-feira, 15 de janeiro de 2019
Um Estapafúrdio Diálogo
Jovem Religioso: Quem és tú, senhor? Quem pensas ser para desafiar nosso Soberano e seus decretos eternos? Quem és para decretar a morte daquele que nunca nasceu?
Nietzsche: Ora, jovem muleque decadente... desfaça a tua debilidade que te atormentas. Saia desta bolha enclausurada! Por acaso nāo vês tu que és escravo do que pensas, e que nāo vives a vida no mundo em detrimento do carrasco que te ameaça punir a enfadonha alma?
Jovem Religioso: Nāo me rendo aos prazeres que me clamam dia e noite e nem me rendo aos encantos deste mundo e aos delírios da tua filosofia de víbora. Falas como louco, mesmo nāo sendo a mulher de Jó.
Nietzsche: Coragem, meu jovem. Coragem!
Jovem Religioso: Por que dissestes isso?
Nietzsche: Coragem para andares aleijado da forma que estás, tapando os olhos para cada pedra que passa em tua vereda, para cada abraço e amor que negas a cada ninfa que te cruza o caminho. Para cada ar que circula e que tu recusastes em abrigar em teus pulmōes. Usando sempre tua muleta de apoio que te atrasa.
Jovem Religioso: Por que acreditas nesta infâmia? Tenho o prestígio da renúncia e a virtude que traz felicidade. Sigo Sócrates e seus sucessores; juntamente com a verdadeira fé propagada pelo Grande Livro e seus guardiões.
Nietzsche: Pecaste de todas as possíveis formas. Se assumes os prazeres proibidos pela tua fé divagante, tu nāo vives os grilhōes de tua ideologia de fé... mostrando- te hipócrita duplo e nāo assumido; cegaste teu entendimento duas vezes. Mas se vives estes grilhōes... és honesto em assumir tua burrice: transferir tua responsibilidade no mundo da vida para alguém que nāo existe neste plano; assim já nāo és tu que vives, meu caro, mas a privaçāo vive em ti...
Já nāo és tu que priva certos infortúnios da vida, mas a privaçāo te privaste de viver! Sustentas, como um fardo, o medo do irreal e a fabricaçāo de ídolos que a vida te cobrará e te destruirá através do grande martelo!
#Prosador
domingo, 13 de janeiro de 2019
O Martelo de Nietzsche
Convenhamos que Nietzsche é um filósofo modinha entre os que desejam vestir a roupagem de acadêmicos e exibirem um certo álibe de revolucionários. Mas confesso que Nietzsche teve sua devida importância e ainda tem. E por que? Porque a essência da fillosofia de Nietzsche é moldada pelo cristianismo. Sim! Em uma época em que o cristianismo era muito mais ferrenho e infernoso do que os dias atuais, Nietzsche foi sua presa. Seu asco aos ideais que negavam "O Mundo da Vida", em detrimento de um ideal de um possível céu ou de quaisquer ideais que alienavam o indivíduo de aceitar a existência como ela é, colocando nele muletas, era algo presente nas obras de Nietzsche. Os filósofos como Sócrates, Platão e Aristóteles, também eram presas do asco de Nietzsche, afinal eles eram o subsídio do cristianismo e suas alienações do Mundo da Vida. E a crítica de Nietzsche faz todo sentido! Qualquer ideologia seguida a ferro e fogo, em detrimento da privação da vida que não está de acordo com esses ideais alienantes, é mediocridade e disperdício. Um racista eurocêntrico que deixa de se relacionar com negros, japoneses, índios, etc... está se alienando da realidade. Um cristão que deixa de conhecer pessoas que não partilham de sua fé, se enclausura em sua bolha religiosa, segue as ordens ou orientações eclesiásticas cegamente, que deixa de namorar e de ter relações sexuais com a pessoa que ama só porque não casou oficialmente... está perdendo muita coisa saudável na questão de relações humanas.
Um nacionalista que não aceita que somos uma humanidade e que as fronteiras de países e o orgulho só existem em nossas cabeças, está negando a vida. Somos todos iguais, não importa se sou do Brasil e outra pessoa provém da Rússia, ou dos Estados Unidos. Desta forma, nas obras de Nietzsche, segundo Clóvis de Barros Filho, o niilista é aquele que tem ideais e vive por parâmetros. E que consecutivamente os impede de viver a vida como ela é, por causa de suas alienações. Nietzsche inverte, em suas obras, o conceito de niilismo e o critica, atribuindo o nilismo aos que vivem por parâmetros alienantes, ditados pela sociedade.
Nos dias atuais, vemos o porquê de tantos admirarem Nietzsche. Muitos advém de uma cultura cristã e conservadora, e também de lares evangélicos que restringem e alienam o indivíduo, caso ele não tenha equilíbrio ao entender a Bíblia e relativizá-la em uma porção de fatores que não se encaixam para a vida na sociedade de hoje. O cristianismo atirou no próprio pé e ainda faz isso... criando muitos Niilistas que se inspiram em Nietzsche para dizerem que este deus a quem os cristãos propagam... está morto! Esse que é esquizofrênico e bipolar, pois é amor e "justiça"; sádico, que ama punir e fazer churrasquinhos no suposto fogo eterno; estraga prazer, possessivo, repressor do sexo, da vida de prazeres... e outras coisas que os que passaram pelos hospícios de igrejas cristãs... irão entender. Por isso a filosofia de Nietzsche é representada como um martelo, que dilacera e destrói todos os ideais, que prendem e alienam o indivíduo de vivenciarem a vida como ela é.
Link sobre Clóvis de Barros explicando sobre Nietzsche:
https://youtu.be/ksMPFwwVkrU
#Prosador
https://youtu.be/ksMPFwwVkrU
#Prosador
quarta-feira, 9 de janeiro de 2019
Hey, você aí!
Hey, você aí!
Destilando ódio, destruindo o caminho das flores à sua frente
Você que se zanga com os tropicões no chão da vida
Que rosna para o cão que busca carinho; que pinta o sol de cinza
Você que odeia o lado bom da vida
E se acostuma com o caos em murmurações.
E se acostuma com o caos em murmurações.
Levanta! Faz da tristeza: motivação
Das cinzas: arte!
Das emoções: humanidade
Levante após cada rasteira ingrata
Das cinzas: arte!
Das emoções: humanidade
Levante após cada rasteira ingrata
E quando a indesejável de todas as gentes vier: diga que viveu!
Que amou a vida a qualquer custo
E desperdiçou apenas o terrível...
Hábito de reclamar da vida.
#Prosador
Que amou a vida a qualquer custo
E desperdiçou apenas o terrível...
Hábito de reclamar da vida.
#Prosador
domingo, 6 de janeiro de 2019
Cerkhenejev
Quando Cerkhenejev, cheio de audácia e ímpeto bravio, tomou a espada no salão dos Sultões do Norte, o medo tomou conta dos visitantes que faziam uma linda refeição no salão principal de festas. A sinfonia lúgubre de cabeças rolando, junto com o estrondoso som da manada de humanos pisoteando aqueles que caíam ao chão, trouxe fortes cores ao show de horror desta carnificina.
O clímax irrompente de forma abrupta, demonstra uma enorme história por trás desta cena principal. O que levou um ser humano, em pleno período de paz, esguichar litros de sangue pelo luxuoso salão dos sultões, seguido da erupção da manada pisoteante de seres humanos apavorados? Os julgamentos do juiz que bate seu martelo em um condecorado tribunal são pários para julgar um momento de fúria provocado pela maré das emoções e dos acontecimentos anteriores não mencionados? Não precisa ser um meritíssimo juiz oficial, mas pode ser um juiz dentre os sete bilhões de juízes nascidos no mundo. Aquele que julga, observa a calamidade de forma bruta; a ação ultrapassa a capacidade das palavras argumentarem o ato consumado. Quero dizer: o indivíduo que fosse pego por um guarda tentando pular às pressas o muro de sua própria casa, não seria recebido com um leve aviso: "Desça daí!", mas talvez seria abordado às cacetadas, fortes gritos ou talvez um tiro na perna. E por que afinal alguém pularia o muro de sua própria casa às pressas?
Este é o ponto! O absurdo das ações cruas, não explica os motivos pelo qual elas foram tomadas; a adrenalina pulsante do sangue do dono de casa que, morando sozinho deixou cair sua chave numa vala, após ter se assustado com o motorista bêbado que quase passou por cima de seus pés no caminho em que ele caminhava para o supermercado, tendo despertado nele a lembrança de que esqueceu seu forno à lenha ligado, juntamente com o álcool que derramou no chão de sua cozinha, logo depois de ter se assustado com um barulho repentino dos fogos de seu vizinho barulhento; tudo isto misturado com pitadas de amnésia, após o esquecimento de sua panela de arroz, agora torrado, no fogão aceso. Nesses milésimos de segundos, após seu quase atropelamento e a torrencial invasão de preocupações causadas por estas lembranças, sua preocupação em procurar a chave e o fato de não tê-la achado, se transformou em uma explosão de adrenalina que o fez correr para sua casa e pular o muro com medo de que um possível incêndio em sua casa queimasse seus pertences e seu lindo companheiro Beagle de estimação, chamado Lobby.
Ao vê-lo correr bem na hora em que estava, em sua patrulha noturna, o policial Edward Gafrée, um italiano de sangue fervente, recém saído à dez minutos de sua infernal casa, moribundo com a espalhafatosa briga com sua mulher amante de filmes de terror, que ama comer almôndegas com ravioli, que é neurótica por limpeza. Também adornada pelo transtorno obsessivo compulsivo e depressão sazonal aos invernos; ao sair de casa e ver, de dentro de seu carro, o maligno delinquente tentando pular o muro, o policial lembrou dos incidentes recentes de invasões a domicílios que rondavam o bairro. E não deu outra... batata! Nem Tom, que era Irlandês por natureza, iria amar essa "batata" que estava prestes a cair em sua cabeça, ou melhor, em suas pernas e lombar!
Gafrée, inundado com sua raiva e necessidade de deslocamento do seu exacerbado sentimento de raiva, almejando descontar o ódio que sentia de sua mulher rabujenta (ou incompreendida), se realizou naquele incidente! Pobre Tom; ao tentar escalar o muro de sua casa, prestes a escalá-lo e pular por cima dele, para se assegurar da integridade de sua casa, ouviu um forte grito que irrompeu dos pulmões raivosos de Gafrée. Antes que pudesse se virar, levou uma literal cacetada em sua lombar e pernas, e caiu no chão feito tábua de madeira. Quando tentou abrir os olhos para entender o que acontecia, recebeu mais pancadas do guarda moribundo e extravazante de sua raiva. Após acabar de serem desferidos os desnecessários golpes de cacetete, o guarda olhou ao redor e viu o burburinho dos moradores que diletavam entre a confusão, a indignação (seja pelo policial agressivo, quer seja pelo possível ladrão) e o espanto. Após os esclarecimentos, seja pela diminuição da maré dos hormônios que saltitaram naquele momento como pipocas em panela de pressão, seja pelos clamores dos vizinhos de Tom que o conheciam muito bem... as palavras puderam explicar a ação bruta de um homem pulando um muro e reação de um guarda voraz explodindo em violência. Após ter passado o barulho das emoções e primeiras impressões, o contexto começou a emergir em um debate coletivo daquela vizinhança de Westwood.
Gafrée lamentou amargamente por ter caceteado Tom, que lamentava o infortúnio desencadeado pelos imprevistos de diversos mundos que se entrecruzaram na Avenida da Existência e invadiram a sua casa solitária, que sofreu rachaduras pelo grande porrete. O motorista bêbado e depressivo, o garoto que se divertia em explodir bombinhas e incomodar a vizinhança, o policial possesso pela raiva e vontade de extravasamento; e também... os expectadores que passavam na rua no momento da confusão. E principalmente estes, foram os juízes que bateram o martelo em suas consciências, após se depararem com as ações brutas naquele momento repentino. "Culpado!" Disseram para si mesmos aqueles que não conheciam Tom ao pular o muro. Ou aqueles que conheciam Gafrée e sabiam do seu histórico e de sua mulher que aparentemente infernizava sua vida.
Aonde quero chegar com tudo isto? Você já sabe... na incapacidade de olharmos o subjacente, na facilidade de acreditarmos na superfície de uma situação, sem entender o que de fato acontecia nos bastidores da cena principal. Você se acha capaz de bater, agora, este martelo? De condenar Cerkhenejev e o banho de sangue que gerou a manada que esmagou os crânios das vítimas que caíram e foram pisoteadas? Se não acha ser possível pelo fato de que nem tudo é preto no branco, muito menos só cinza, os bastidores te aguardam nas próximas páginas. Independente do veredito, a verdade é uma só: Mas... o que é a verdade, afinal? O papo filosófico não vai estar presente por esboços e ensaios epistemológicos, muito menos por meio de outras dessas palavras difíceis; vai estar presente no teatro da história fictícia que se segue, composta dos porões da memória de algum ser vivo que decidiu transcrever o que todos imaginaram e já assimilaram pelas dinâmicas do dia a dia: quando lidamos com pessoas e não com algorítmos, estamos ou não, preparados para bater o martelo?
#Prosador
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quarta-feira, 2 de janeiro de 2019
Carta de um Nilista
Eu! Eu vim... para te destruir!
Quebrarei suas falsas certezas, te deixarei confuso! Irei te desiludir, arrancar pelas raízes as tuas ilusões e devaneios.
EU! Eu vim para contestar o forte que se diz portador da revelação divina; vim relativizar as verdades absolutas. Quem agora é o santo? O pastor? O ancião oriental sábio?
EU... eu vim destruir doutrinações e fórmulas mágicas que ensinaram-lhe a ser dependente da burrice sistemática.
EU... eu apagarei a sua estrada de arco-íris que o leva ao tão sonhado pote de ouro que te aguarda com o estapafúrdio duende.
EU... eu irei tirar todos os seus alicerces; te encher de dúvidas, desmoronar seu mundo, sua rotina, sua preguiça existencial. Ah! Minha filosofia de vida é não facilitar... e meu dedo indica as almas, ele as liberta!
EU! Eu farei teu chão tremer, com abalos císmicos; te jogarei na vala dos incompreendidos, no salão sombrio dos solitários desesperados.
E VOCÊ! Você comerá do amargor do fruto das trevas, rastejará sobre o chão inglório da existência, sangrará com o som escorrente das tuas tripas recheadas do pó da terra em que rastejaste.
O paraíso dos tolos é não comer do fruto do conhecimento do bem e do mal! A mulher arquetípica foi expulsa por sua sede de conhecimento; pois a Santa Ignorância livra os burros da crise de realidade.
E assim... quando eu te ensinar a venerar o conhecimento, a se juntar à nossa mãe Eva, a sofrer as consequências da extinção do paraíso inútil... você me entenderá!
Você será livre: consciente das correntes que o prendem; dos traumas psíquicos, determinações genéticas, geográficas e históricas que te esculpem; livre! Livre! Livre... ao se ver preso no horror deste espetáculo existente.
Sem as infantilidades dos mitos; do céu e do inferno, dos deuses e dos diabos; dos heróis; das instituições; dos nacionalismos; dos amores falsos e afoitamente desperdiçados; dos devaneios e fugas através de alteradores de consciência.
No fim você verá... que o jardim da existência sempre foi difícil de se tragar sem a pílula azul. Mas a vermelha sempre foi odiada pelos adoradores da besta; seu nome é Ilusão e ela destrói o mundo com suas falsas esperanças, relatadas acima.
Ass: Nilista.
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