Eu! Eu vim... para te destruir!
Quebrarei suas falsas certezas, te deixarei confuso! Irei te desiludir, arrancar pelas raízes as tuas ilusões e devaneios.
EU! Eu vim para contestar o forte que se diz portador da revelação divina; vim relativizar as verdades absolutas. Quem agora é o santo? O pastor? O ancião oriental sábio?
EU... eu vim destruir doutrinações e fórmulas mágicas que ensinaram-lhe a ser dependente da burrice sistemática.
EU... eu apagarei a sua estrada de arco-íris que o leva ao tão sonhado pote de ouro que te aguarda com o estapafúrdio duende.
EU... eu irei tirar todos os seus alicerces; te encher de dúvidas, desmoronar seu mundo, sua rotina, sua preguiça existencial. Ah! Minha filosofia de vida é não facilitar... e meu dedo indica as almas, ele as liberta!
EU! Eu farei teu chão tremer, com abalos císmicos; te jogarei na vala dos incompreendidos, no salão sombrio dos solitários desesperados.
E VOCÊ! Você comerá do amargor do fruto das trevas, rastejará sobre o chão inglório da existência, sangrará com o som escorrente das tuas tripas recheadas do pó da terra em que rastejaste.
O paraíso dos tolos é não comer do fruto do conhecimento do bem e do mal! A mulher arquetípica foi expulsa por sua sede de conhecimento; pois a Santa Ignorância livra os burros da crise de realidade.
E assim... quando eu te ensinar a venerar o conhecimento, a se juntar à nossa mãe Eva, a sofrer as consequências da extinção do paraíso inútil... você me entenderá!
Você será livre: consciente das correntes que o prendem; dos traumas psíquicos, determinações genéticas, geográficas e históricas que te esculpem; livre! Livre! Livre... ao se ver preso no horror deste espetáculo existente.
Sem as infantilidades dos mitos; do céu e do inferno, dos deuses e dos diabos; dos heróis; das instituições; dos nacionalismos; dos amores falsos e afoitamente desperdiçados; dos devaneios e fugas através de alteradores de consciência.
No fim você verá... que o jardim da existência sempre foi difícil de se tragar sem a pílula azul. Mas a vermelha sempre foi odiada pelos adoradores da besta; seu nome é Ilusão e ela destrói o mundo com suas falsas esperanças, relatadas acima.
Ass: Nilista.
#Prosador
#Prosador
Adorei!!!
ResponderExcluirQue bom, seja bem vindo!!!
ResponderExcluirTotalmente asfixiante e estranhamente mortal, sem precisar matar
ResponderExcluiraceito a crítica/elogio
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