quinta-feira, 2 de março de 2023

Os velhos e viciantes assuntos filosóficos

 


O que dizer sobre o "mais do mesmo?" O mais do mesmo será sempre preferido pelas reações previsíveis e primitivas que este mesmo sempre desperta. Deus(es) existe(m)? Ou a vida após a morte? Idolatramos a ciência e colocamos ela em um pedestal, ou desprezamos a ciência por ela mostrar nossa imaturidade de crenças metafísicas? Nietzsche é um falastrão e sedutor e a Bíblia um livro sóbrio e sábio, ou Nietzsche só disse o que muitos não tiveram coragem de falar e foi odiado pela carolice ocidental? Psicanálise é ciência ou pseudociência visto que possui muitos tópicos não falseáveis e sem comprovação experimental? Freud exagerou na ênfase do impulso sexual e no complexo de édipo ou Jung errou ao conceber a energia psíquica de forma abrangente até chegar ao inconsciente coletivo?  As pautas políticas não serão abordadas por questão de censura prévia, mas elas também entram nesse pacotão de divergências intelectuais que podem desembocar em agressões físicas e ânimos exaltados. 


Bem... decidi trilhar um caminho diferente destes. Aprendi a conviver com a dúvida, debochar da razão linear e da rigidez epistemológica. Neste famoso "mundo, mundo, vasto mundo..." eu não terei rima, muito menos solução; meu brilhantismo não passa do mediano, portanto, não é brilhante. Mas minha visão é lúcida e humilde no sentido de reconhecer de forma realística minhas qualidades e defeitos. Essas questões antigas nunca tiveram solução; muitas respostas aparentemente contraditórias se complementam quando a visão pequena e mesquinha é expandida com a reflexão aberta e desinteressada em defender um lado: muitas verdades são verdades dentro da religião ou em formato de teoria científica. Muitas verdades são verdades fora das considerações e investigações científicas, incluindo pressupostos pseudocientíficos.  O próprio conceito de ciência, aliás, depende da orientação epistemológica e da avaliação de simpatizantes dessa ou daquela orientação. Carl Popper ou Thomas Khun?  Ciências formais, biológicas ou sociais? (Parece que rimei agora, mas nada solucionei). 


Enfim... teimamos no ímpeto de resolver equações de um mundo complexo, irracional e incognoscível, por meio de fórmulas da razão ou da paixão. Não iremos! Sempre haverão os alienados na ciência, na religião, em teorias da conspiração, na busca de prazeres sensoriais, entre outros. Mas como iremos viver e utilizar a vida, seja lá o que ela seja? Viva. Se te apetece discutir, discuta. Se quiseres defender um lado por ele te fazer sentido, defenda com unhas e dentes! Mas saiba o que te apetece e o que te faz olhar para trás e dizer: eu vivi! Não fiquei oco e vazio por dentro e não deixei os anos pesarem a tal ponto de desfalecer da vida e apenas sobreviver. 

-Gabriel Meiller

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