Aprender a pensar é essencial; aprender a desaprender para aprender coisas novas... é imprescindível. Em reconstrução permanente!
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
Jesus de Nazaré: A Teologia Encarnada
"Percebem o que isso significa — todos esses pioneiros iluminando o caminho, todos esses veteranos nos encorajando? Significa que o melhor a fazer é continuar. Livres dos acessórios inúteis, comecem a correr — e nunca desistam! Nada de gordura espiritual extra, nada de pecados parasitas. Mantenham os olhos em Jesus, que começou e terminou a corrida de que participamos. Observem como ele fez. Porque ele jamais perdeu o alvo de vista — aquele fim jubiloso com Deus. Ele foi capaz de vencer tudo pelo caminho: a cruz, a vergonha, tudo mesmo. Agora, está lá, num lugar de honra, ao lado de Deus. Quando se sentirem cansados no caminho da fé, lembrem-se da história dele, da longa lista de hostilidade que ele enfrentou. Será como uma injeção de adrenalina na alma!"
Hebreus 12:1-3 - Biblia A Mensagem.
Hebreus é um livro fascinante. O autor escreve a carta aos hebreus convertidos, provavelmente de Roma. O tempo todo ele faz um paralelo entre a Nova e a Velha Aliança, entre Jesus Cristo e a caducidade de rituais da lei. Pois estas pessoas, por causa da perseguição, estavam retrocedendo para "sombras", rituais sem sentido: seria como comer batata frita sem batata. Antes deste capítulo doze, ele usou os "heróis da fé" como um exemplo de pessoas que andaram com Deus e tiveram relacionamento com Ele. Embora estivessem em um tempo em que estavam debaixo da lei mosaica e da Velha Aliança, eles andavam por fé. A lei era um meio para alcançar alguém: Cristo. O fim da lei era Cristo; e seu propósito era o relacionamento destes "heróis da fé" com Ele. E ao iniciar o capítulo doze, o autor recomenda que nós, os da Nova Aliança, devemos seguir o exemplo dessas pessoas. Que mesmo estando na Velha Aliança e debaixo da lei, não a trataram como um fim em si mesmo, mas sim um meio que apontava para aquele que viria e seria ministro de uma Nova Aliança: Jesus Cristo. Com isto, quero dizer que estamos em vantagem sobre aqueles da Velha Aliança, pois como disse o autor:
"Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé; no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido. Deus havia planejado algo melhor para nós, para que conosco fossem eles aperfeiçoados" (Hebreus, 11: 39 e 40 -Nvi). O autor, também diz para olharmos para Jesus como autor e consumador da fé, ou melhor: o que começou e terminou a corrida. A corrida é uma analogia à vida na fé, ou seja: relacionamento com Deus. Note que ele usou a palavra "Jesus" e não Cristo. Você pode perguntar: "E qual a diferença?" A diferença é o fato de que "Cristo" representa Deus glorificado, fora do corpo humano de Jesus. E Jesus é o Cristo encarnado, o Deus que desceu na terra e passou por todos os estágios de uma vida humana e vivenciou todos os detalhes de ser um ser humano. E por quê? Porque ele veio ser a referência. Pois a lei era incapaz de nos ensinar a viver a Palavra de Deus. As letras escritas em papéis eram inúteis sem o Exemplo Vivo; ou melhor: a Palavra Viva. É como ler um manual de como lutar Muay Thai sem nunca ter visto ninguém lutar. Por isso o autor disse antes: "Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus, e fazer propiciação pelos pecados do povo. Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados"
(Hebreus, 2:17 e 18 -Nvi). Quando passamos por problemas que nos deixam desanimados, humilhações sem merecer, insultos gratuitos e todo tipo de barreiras... devemos lembrar de Jesus como aquele que passou por tudo isso; seria como uma injeção de ânimo. Jesus é a solidariedade em pessoa em relação ao sofrimento. Às vezes, nossa tendência está em nos acomodarmos no relacionamento com Deus e com a existência, tendo nosso próximo como referência primária. E então abraçamos junto os pecados alheios e os maus hábitos: somos seres tendenciosos para as coisas negativas. Sabemos reparar muito mais em erros ao invés de acertos. Somos em nossa natureza, como a gravidade, ou seja, sempre há em nós uma força que nos puxa para baixo. As guerras e catástrofes no mundo sâo uma prova contundente disto. Uma bela definição de pecado é "errar o alvo". O alvo chamado Jesus Cristo. Os "pecados parasitas" muitas vezes são as nossas obsessões em continuar em algo que sabemos que irá nos prejudicar, nos alienar da realidade... e do alvo. Se o mero pecar já significa errar o alvo, continuar na obsessão deste pecado significa mirar no chão. E quem mira no chão, vive sem perspectivas, e às vezes... atira no próprio pé.
#Prosador
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Imagem em:
<https://mgvjovem.wordpress.com/2012/08/10/serie-jesus-em-bh/jesus_moderno/>
Acesso: Dez, 2017.
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