Carrasco, mesquinho, aterrorizante e turturante. Representado por ponteiros numa sinfonia de onomatopéias que emanam o "tic" "tac" que nos desestabiliza. Desde o momento que saimos de um útero já estamos morrendo em uma constante decadência até a velhice, pois nos sujetamos a agência dele; a morte é um constante e contínuum processo, a menos que venha repentinamente por um acidente, quando ele se cansa e ceifa nossa vida! Quem é ele, de quem eu falo? "Ah, o tempo... o tempo não pára", como disse o ilustre poeta, derrotado pela grave Aids: Cazuza. É ele: o tempo! Quem testa duramente nossas palavras jogadas ao ar. Que aponta nossa piscina (da alma) cheia de ratos; nossas ideias que não correspondem aos fatos! Ele inferniza-nos quando prolonga nosso sofrimento e quando encurta nossos êxtases e irrompimentos de alegria. O tempo é imprevisível, ultrapassa o mero status de cronômetro e significado em datas de um calendário. "Tempo" significa evolução, mas também decadência; experiência, mas também infantilidade. Acúmulo de conhecimentos, mas também de burrices da arrogância. Uma coleção de alegrias e urras de felicidade; mas também a vinda do câncer em decorrência do lamaçal de emoções lúgubres e pesadas, cheias de amargura. O tempo é relativo quando nossas escolhas definem quem somos. O tempo... é somente um reflexo e uma consequência das nossas escolhas a curto, médio e longo prazo.
#Prosador
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