Aprender a pensar é essencial; aprender a desaprender para aprender coisas novas... é imprescindível. Em reconstrução permanente!
quinta-feira, 28 de dezembro de 2017
"Quem vocês dizem que Eu Sou?"
"Um Jesus das massas que trata a todos de forma manufaturada? Ou um Jesus que fala a cada um de forma personalizada e única?"
-Jesus Cristo
Não viva à sombra dos porta-vozes institucionais de Deus e nem pelo que o senso comum acha dele; vá direto na fonte e tenha o seu ver de quem é o tal Jesus, falando com o mesmo. Sem monopólios revelacionais e nem gurus; mas somente o "tête à tête" com o Divino
#Prosador
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<https://jlandrioli.blogspot.com.br/2012/08/jesus-em-um-culto-de-uma-igreja.html?m=1>
Acesso: Outubro, 2017.
A Peregrinação Existencial
Viver por fé é algo paradoxal de certo modo; quanto mais alguns tem certeza, mais vivem guiados restritivamente por suas razões. Mas há aqueles que vivem cheios de dúvidas e por isso entregam o volante de suas vidas. A dúvida é o caminho das pedras para a fé, pois ela permite o questionamento do ego no controle e a constatação de que somos imperfeitos para direcionar plenamente nossas vidas a belprazer. A dúvida não é motivo de desistência no relacionamento com o divino, mas um motivo para aprofundar a confiança; confiança de que na ausência de certezas, temos a certeza de que o Criador está no controle. A dúvida é para os fortes, não para fracos; os fracos se fingem de fortes se apoiando no castelo de suas razões imutáveis. Os fortes, se assumem como fracos e aceitam o fato de que nada sabem, se comparado ao todo do universo. Quem vive cheio de certezas imutáveis, vive na superficialidade do medo da verdade; somente as dúvidas proporcionam o caos necessário para que a verdade seja construída em nossa percepção. Perguntas são um meio para continuar a nossa peregrinação existencial, mas as respostas prontas são um fim em si mesmo que barram a peregrinação e acomodam o ser humano. Por isso, a humildade é o grito de quem sabe que hoje pensa de tal modo, mas amanhã pode mudar sua visão, pois se vê como uma formiga, explorando um estádio de futebol.
#Prosador
segunda-feira, 25 de dezembro de 2017
A Maquete Imperfeita
A religião dos homens é uma maquete imperfeita e deturpada da pessoa de Deus. Ela forma pessoas tão convictas de sua suposta fé, mas tão desumanas no trato com os outros. Darei exemplos para concretizar estes fatos. Que tal os próprios discípulos de Jesus Cristo, Tiago e João, almejando atacar fogo no povoado que rejeitou Jesus? Mas ele disse: "Não sabem de que espírito são?" Ou que tal o tribunal da "Santa Inquisição" da Igreja Católica? Não atacavam somente fogo, mas faziam toda espécie de tortura bárbara contra os "hereges". Que tal As Cruzadas? Uma guerra para conquistar um cidade santa, defendendo a "fé" contra os pagãos árabes? Que tal sermos sinceros e dizer que queriam mais territórios para cobrar dízimos e aumentar sua influência? Religião, máquina de fazer vilão! Mas não paro por aqui; que tal a inquisição protestante, matando milhares em nome da "verdadeira fé"? Já vimos esse discurso antes. Ou que tal a própria divisão entre os protestantes e guerras entre eles? Hoje existem várias denominações. Mas vamos falar do evangelicalismo hoje. Que tal a catequização dos líderes e pastores de hoje? Dizendo-se "autoridades espirituais" e "ungidos do Senhor"? Alguns até dão ordens pra anjos... pode isso, Arnaldo? Que tal o conceito do dízimo pro deus deles? Seus bolsos! Objetos sagrados e consagrados no monte? Aprenderam bem com as simonias da igreja católica. Pegaram uma passagem histórica sobre o diálogo de Deus com o povo de Israel, a respeito do dízimo, e jogam Malaquias 3 na cara dos membros, alguns dizem que se não derem... estão debaixo de maldição? Chantagem emocional, covardia e mentira descarada. São pastores de si mesmos. No Novo Testamento está: "cada um dê conforme propôs em seu coração, NÃO com PESAR ou por OBRIGAÇÃO, pois Deus ama quem dá com ALEGRIA", ou seja: algo espontâneo. Sem contar nas regrinhas e bases bíblicas fora de contexto para manipular e controlar os membros. Desta forma, este "Deus" carrasco, manipulador, ditador e egoísta, a que os não cristãos rejeitam... não é Deus; é uma maquete pervertida criada por estes canalhas e pastores de si mesmos. Assim, o problema da religião, é ela mesma. Os não cristãos associam Deus e Cristo com o que vêem e assim, negam uma mentira construída pela religião; mas ao verem Jesus pelo prisma verdadeiro... se surpreenderão com a contradição dele comparado ao Ídolo Cristão, fabricado por mentes humanas arrogantes e aproveitadoras.
#Prosador
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<http://iadrn.blogspot.com.br/2011/07/o-bezerro-de-ouro-genesis-322-5.html?m=1>
Acesso: Dez, 2017.
sábado, 23 de dezembro de 2017
Tenha um Feliz Natal!
Natal; esta palavra nos remete a muitas lembranças. Mesa cheia, vinhos e sucos, perus, refrigerantes e... pessoas. Há os críticos ferrenhos que não gostam da data; afinal, não é a data oficial do nascimento do Cristo. Ou talvez porque enxergam a indústria capitalista se aproveitando da data para faturar em cima do estado de espírito dos bons corações. Mas o que isso importa? Todos sabemos disso. Mas não deixamos de olhar no olho dos nossos parentes e amigos e nem de comemorar a lembrança do nascimento de Jesus no dia de costume entre a maioria: 24 para 25 de dezembro. Quem entendeu o nascimento de Jesus, entende que o mais importante disto tudo é o relacionamento com o próximo: seja ele um ateu que não acredita no natal, mas está ali na mesa do seu lado, entrando nas entranhas dos seres humanos naquela reunião. E quem é um cristão e entende que o nascimento de Jesus teve o propósito de religar relacionamentos: entre Deus e o homem; e entre o homem com seu o próximo... entendeu o verdadeiro sentido do natal. Desta forma, o Papai Noel e os presentes são usados como um meio para um fim maior: o seu filho, filha, cunhado, tio, tia, amigo, sogra e companhia. "Pois Deus estava em Cristo reconciliando consigo... o mundo". E aquele que se reconciliou com Deus, que dirá com seu próximo. Caro leitor(a), tenha um feliz natal! É o que eu desejo a você.
Ass: Gabriel Meiller
(#Prosador)
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Acesso: Dez, 2017
sexta-feira, 22 de dezembro de 2017
Os Efeitos da Repressão: Um Tiro no Próprio Pé
Os Efeitos da Repressão: Um Tiro no Próprio Pé
"-Um dos comportamentos mais violentos de antigestão e que mais esgotam o planeta emoção é a necessidade neurótica de mudar os outros. Ninguém muda ninguém; temos o poder de piorar os outros, não de mudá-los."" -Cuidado, senhoras e senhores, as técnicas que usamos para tentar mudar os outros geram janelas traumáticas que cristalizam neles tudo que mais detestamos... "-Augusto Cury, "O Homem Mais Inteligente da História", Págs 39 e 40.
Neste fantástico livro do escritor, pensador e psiquiatra Augusto Cury, encontrei a base para minha explanação sobre a repressão como "um tiro no pé". Uso esta expressão justamente porque ela causa um efeito contrário ao indivíduo que quer mudar o outro. Além de causar estresse desnecessário o ato de querer mudar o outro, a nossa tentativa pode gerar o efeito contrário. E como isto ocorre cientificamente? Bem... Augusto Cury explica neste livro que tudo o que vivenciamos, nossa memória registra automaticamente, principalmente os acontecimentos negativos, como traumas e repressões de qualquer natureza. Este fenômeno de armazenamento, chama-se RAM (registro automático da memória). A Psicanálise traz o entendimento de que a repressão tem a tendência de provocar um fenômeno chamado introjeção. Onde o objeto reprimido, provavelmente um comportamento, gera sérias pulsões no indivíduo de realizar seus desejos reprimidos. Com isto, frequentemente ocorrem os extravasamentos, onde o indivíduo pode cometer excessos em sua atitude, antes reprimida. Resumindo de forma prática: se você proibir alguém, aí que ele faz mesmo... e ainda pior. E com isto, estou querendo chamar a atenção, também, aos pais autoritários e conservadores. Muitas vezes, por meio de dados de pesquisas e empiricamente, vejo que os "filhos rebeldes e vida loucas", são os de pais duros e autoritários. Talvez eles tivessem boas intenções ao educar seus filhos e tentando evitar que eles fossem indisciplinados e "imorais". Mas é justamente por isso, pelo zelo, que eles contribuem para que o filho faça totalmente o contrário de seus ideais... e dão um tiro no pé. Como diz o ditado: "O inferno está cheio de boas intenções". E ao mencionar os pais, não estou me referindo somente aos religiosos de todo tipo, mas também a qualquer um que tem responsabilidade sobre outro ser humano (ou nem isso), e que queira controlá-lo. Outro dia vi certa pessoa comentar sobre os índices de "desigrejados" evangélicos, contados pelo IBGE. Os dados mostram que ao longo dessa década o número tem saltado e estado crescente. E por experiência empírica, conversando com pessoas e observando o meio evangélico, vejo que grande parte deste meio (sempre há excessões e a minoria) tem uma necessidade muito grande de controlar seus membros. Seja apelando para a "autoridade espiritual" com "base bíblica" ainda, ou com estruturas próprias para isso... usando os próprios membros para controlarem outros membros, gerando uma coerção coletiva. Sem contar que muitas vezes isto ocorre de forma inconsciente, ou seja, grande parte dos líderes evangélicos nâo fazem estas coisas pensando: "vou usar esta base bíblica para mandar nesta pessoa...", não! Muitas vezes é algo imperceptível e disfarçado de "zelo e espiritualidade que o pastor deve ter de suas ovelhas". Mas acaba ocorrendo uma possessividade e relações de autoritarismo e coerção sobre os membros. Ainda mais se não derem o dízimo, pois é uma "cartela do baú da felicidade celestial". Sendo um "ato de fidelidade à Deus" o ato de ser dizimista. Como se Deus precisasse de dinheiro ou coisa do tipo. O princípio da oferta espontânea deveria ser o amor e sinceridade de querer ajudar o próximo, e não o que se tem ensinado com "convictas bases bíblicas" e chantagens emocionais e espirituais. Os que fazem isto conscientemente, são tão iguais quanto os políticos do planalto brasileiro e quanto boa parte dos políticos da bancada evangélica da política brasileira. E tudo isto que eu falei, constitui-se em um tipo de repressão, tanto velada como escancarada. Mas... apesar desta triste realidade, acredito que um pequeno número de evangélicos e um remanescente, cada vez mais crescente, de filhos de evangélicos, (e "desigrejados" também, que estão fora da estrutura convencial, de ser igreja institucional) estão observando os cultos que frequentam com seus pais... e almejando serem diferentes. É claro, com novas falhas, como todos temos, mas com mais sobriedade e sinceridade no Evangelho. Sendo assim, grande parte do número crescente de desigrejados, ocorre graças a muitos repressores. Que também podem estimular os próprios reprimidos a serem novos repressores à sua forma. Além disto, digo que o sentimento de controle é algo inerente a todo ser humano, em maior ou menor grau; por isso, como disse Abraham Lincoln: "... se quiser pôr à prova o caráter de um homem, dê-lhe poder".
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Acesso: Dez, 2017.
quinta-feira, 21 de dezembro de 2017
Jesus de Nazaré: A Teologia Encarnada
"Percebem o que isso significa — todos esses pioneiros iluminando o caminho, todos esses veteranos nos encorajando? Significa que o melhor a fazer é continuar. Livres dos acessórios inúteis, comecem a correr — e nunca desistam! Nada de gordura espiritual extra, nada de pecados parasitas. Mantenham os olhos em Jesus, que começou e terminou a corrida de que participamos. Observem como ele fez. Porque ele jamais perdeu o alvo de vista — aquele fim jubiloso com Deus. Ele foi capaz de vencer tudo pelo caminho: a cruz, a vergonha, tudo mesmo. Agora, está lá, num lugar de honra, ao lado de Deus. Quando se sentirem cansados no caminho da fé, lembrem-se da história dele, da longa lista de hostilidade que ele enfrentou. Será como uma injeção de adrenalina na alma!"
Hebreus 12:1-3 - Biblia A Mensagem.
Hebreus é um livro fascinante. O autor escreve a carta aos hebreus convertidos, provavelmente de Roma. O tempo todo ele faz um paralelo entre a Nova e a Velha Aliança, entre Jesus Cristo e a caducidade de rituais da lei. Pois estas pessoas, por causa da perseguição, estavam retrocedendo para "sombras", rituais sem sentido: seria como comer batata frita sem batata. Antes deste capítulo doze, ele usou os "heróis da fé" como um exemplo de pessoas que andaram com Deus e tiveram relacionamento com Ele. Embora estivessem em um tempo em que estavam debaixo da lei mosaica e da Velha Aliança, eles andavam por fé. A lei era um meio para alcançar alguém: Cristo. O fim da lei era Cristo; e seu propósito era o relacionamento destes "heróis da fé" com Ele. E ao iniciar o capítulo doze, o autor recomenda que nós, os da Nova Aliança, devemos seguir o exemplo dessas pessoas. Que mesmo estando na Velha Aliança e debaixo da lei, não a trataram como um fim em si mesmo, mas sim um meio que apontava para aquele que viria e seria ministro de uma Nova Aliança: Jesus Cristo. Com isto, quero dizer que estamos em vantagem sobre aqueles da Velha Aliança, pois como disse o autor:
"Todos estes receberam bom testemunho por meio da fé; no entanto, nenhum deles recebeu o que havia sido prometido. Deus havia planejado algo melhor para nós, para que conosco fossem eles aperfeiçoados" (Hebreus, 11: 39 e 40 -Nvi). O autor, também diz para olharmos para Jesus como autor e consumador da fé, ou melhor: o que começou e terminou a corrida. A corrida é uma analogia à vida na fé, ou seja: relacionamento com Deus. Note que ele usou a palavra "Jesus" e não Cristo. Você pode perguntar: "E qual a diferença?" A diferença é o fato de que "Cristo" representa Deus glorificado, fora do corpo humano de Jesus. E Jesus é o Cristo encarnado, o Deus que desceu na terra e passou por todos os estágios de uma vida humana e vivenciou todos os detalhes de ser um ser humano. E por quê? Porque ele veio ser a referência. Pois a lei era incapaz de nos ensinar a viver a Palavra de Deus. As letras escritas em papéis eram inúteis sem o Exemplo Vivo; ou melhor: a Palavra Viva. É como ler um manual de como lutar Muay Thai sem nunca ter visto ninguém lutar. Por isso o autor disse antes: "Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus, e fazer propiciação pelos pecados do povo. Porque, tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados"
(Hebreus, 2:17 e 18 -Nvi). Quando passamos por problemas que nos deixam desanimados, humilhações sem merecer, insultos gratuitos e todo tipo de barreiras... devemos lembrar de Jesus como aquele que passou por tudo isso; seria como uma injeção de ânimo. Jesus é a solidariedade em pessoa em relação ao sofrimento. Às vezes, nossa tendência está em nos acomodarmos no relacionamento com Deus e com a existência, tendo nosso próximo como referência primária. E então abraçamos junto os pecados alheios e os maus hábitos: somos seres tendenciosos para as coisas negativas. Sabemos reparar muito mais em erros ao invés de acertos. Somos em nossa natureza, como a gravidade, ou seja, sempre há em nós uma força que nos puxa para baixo. As guerras e catástrofes no mundo sâo uma prova contundente disto. Uma bela definição de pecado é "errar o alvo". O alvo chamado Jesus Cristo. Os "pecados parasitas" muitas vezes são as nossas obsessões em continuar em algo que sabemos que irá nos prejudicar, nos alienar da realidade... e do alvo. Se o mero pecar já significa errar o alvo, continuar na obsessão deste pecado significa mirar no chão. E quem mira no chão, vive sem perspectivas, e às vezes... atira no próprio pé.
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Acesso: Dez, 2017.
quinta-feira, 14 de dezembro de 2017
Liberdade: Uma Bendita Maldição!
Liberdade... dádiva ou maldição? Com ela escolhemos o que a vida nos apresenta. Mas a responsabilidade é somente nossa. Somos livres ou presos para escolher? Se a consequência for boa... somos livres; se for ruim, somos presos à "liberdade" de escolha. Liberdade porque nós escolhemos, e maldição e prisão porque a liberdade de certa forma virou uma tirania. Mesmo quando não quisemos escolher... a não escolha já virou uma escolha: a escolha de não escolher. Quando entendemos o peso esmagador da liberdade que nos aflige... ela se torna uma bendita maldição!
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Acesso: Dez, 2017.
quinta-feira, 7 de dezembro de 2017
Parábola dos Filhos Perdidos (filho pródigo)
A parábola do filho pródigo (gastador) é muito famosa e lida. Jesus a conta diante da crítica dos fariseus, que o criticavam de comer e andar com "pecadores". (Sim, eles não se enxergavam, rsrs). Então, em resposta a esta crítica, Jesus conta três parábolas: a da ovelha perdida, da moeda perdida e do filho pródigo. E ao contar, diz que o filho mais novo pediu a herança do pai, enquanto ele estava vivo. Isto era grave para aquela sociedade, poderia soar como abandono e como se o filho desejasse a morte do pai. Era um tremendo insulto. O pai, representando Deus, concede a parte da herança; o filho então parte para uma terra longe do pai e leva uma vida perdulária, gastando tudo e irresponsavelmente. Mas... quem o filho mais novo representa? Além do pecador em geral, distante de Deus e hedonista em seus prazeres, ao meu ver ele representa os gentios da época. Ou seja, os que não eram judeus e não pertenciam ao povo de Israel que continham a revelação específica de Deus. Então, o filho mais novo cai em si, se arrepende, pois lembra que na casa do pai, o menor servo tinha o que comer e dignidade. Ele percebe em sua escassez, que devia ter valorizado o pai e a vida que tinha em sua casa. Então decide voltar como servo e ensaiar seu discurso, afim de receber misericórdia. Ao estar perto de casa, o pai o vê de longe, mostrando que ele estava atento à sua volta e o esperando. O pai não espera o filho cambaleante chegar, mas vai correndo ao seu encontro e o abraça. Para um pai judaico da época, esta era uma desonra. Já não bastasse ser insultado pelo filho que lhe pediu herança, ainda corre atrás dele, perdendo sua pompa. Mas o pai não liga para isso; não liga em ser humilhado para salvar seu filho (simbolizando Jesus crucificado, exposto à humilhação pública, ao meu ver). O filho que queria falar seu discurso foi ignorado e cortado, o pai nem o ouviu direto, mas chamou os servos para, depressa, pegarem a melhor roupa, anel e matarem um gordo novilho; desta forma o pai também era pródigo, pois não economizou no perdão, na graça e na misericórdia com o filho que não merecia.
Mas há agora o motivo pelo qual eu dei o título de "Parábola dos Filhos Perdidos". Ao saber que o irmão mais novo foi recompensado com uma festa ao chegar, o filho mais velho fecha o semblante e nem entra na casa. É necessário sabermos que o filho mais velho representa os judeus e os fariseus de Israel; os que estavam "perto" de Deus, por meio das promessas e revelação específica. "Perto", pois a Bíblia mostra durante todo o Velho Testamento um povo obstinado e longe de Deus, como em Oséias, Isaías, Ezequiel e etc. Então o pai, ao saber do filho mais velho, vai até ele e pergunta o que houve. Então o filho se queixa, dizendo: "Mas ele respondeu ao seu pai: ‘Olha! todos esses anos tenho trabalhado como um escravo ao teu serviço e nunca desobedeci às tuas ordens. Mas tu nunca me deste nem um cabrito para eu festejar com os meus amigos. Mas quando volta para casa esse teu filho, que esbanjou os teus bens com as prostitutas, matas o novilho gordo para ele!’" (Lucas, 15: 29 e 30 -Nvi). Vemos que o filho enxergava o pai como um carrasco e avarento; se via como um escravo do pai, praticamente. E então o pai responde a ele: “Disse o pai: ‘Meu filho, você está sempre comigo, e tudo o que tenho é seu. Mas nós tínhamos que celebrar a volta deste seu irmão e alegrar-nos, porque ele estava morto e voltou à vida, estava perdido e foi achado’” (Lucas, 15: 31 e 32 -Nvi). Ou seja, o filho tinha uma visão errada do pai e estava longe dele, mesmo estando perto. Longe emocionalmente e espiritualmente; enquanto o irmão mais novo estava longe emocionalmente e fisicamente e espiritualmente, mas caiu em si e se lembrou do pai. Estando mais perto do pai àquela distância se comparado com o irmão maos velho que estava perto do pai geograficamente. O filho mais velho teve raiva da misericórdia do pai com seu irmão mais novo, pois achava injusta, afinal ele não se via como alguém que também recebia misericórdia do pai, então, por não se se sentir aceito, não aceitava seu irmão e não queria que o pai aceitasse.
Assim, o filho mais velho deveria reconhecer a misericórdia do pai por meio do irmão distante e também conhecê-lo mais. Assim como o irmão mais novo deveria seguir o exemplo de seu irmão que estava perto do pai e não o abandonara (pelo menos fisicamente). Desta forma, Jesus advertiu os fariseus, os comparando ao filho mais velho; também mencionou os "pecadores" e os gentios que ressaltavam a graça e misericórdia de Deus para com os judeus e com todos. Deus era conhecido mais ainda exercendo misericórdia com os "de longe", impactando os "de perto" e assim... salvando a muitos.
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Acesso em: Dez, 2017.
A "Torre de Babel" Contemporânea
De alguma forma, muitos já ouviram o relato sobre a Torre de Babel na Bíblia. Situado em Gênesis 11, onde o capítulo discorre sobre a atitude divina perante a estratégia humana de almejar construir uma torre que chegasse ao céu; segundo a tradição judaica e Flávio Josefo, isto ocorreu no reinado de Nimrod, onde sua raiva e medo de que a terra fosse destruída novamente pelo dilúvio, o fez desafiar a Deus em sua ordem de que a humanidade se espalhasse pela terra. A grande questão foi que os homens falavam uma só linguagem, havia uma só língua. Desta forma, a facilidade de entendimento e cooperação estava produzindo uma grande torre. Ao confundir suas línguas, Deus os fragmentou e formaram se paulatinamente as civilizações com a disperção deles. Embora hoje falemos diferentes línguas e tenhamos diferentes culturas, há algo novo: a globalização.
A era da tecnologia e da informação é algo totalmente novo, mas também antigo. E por quê? Porque chegamos ao momento onde todos podem falar praticamente uma mesma linguagem universal, uma mesma "língua". A globalização é esta linguagem; isto é bom, pois as fronteiras estão caindo e hoje um mundo todo cabe dentro de um tablet, celular e um computador. As crianças de hoje crescem e constrõem suas estruturas cognitivas e mentais muito mais rápida e dinamicamente se comparado a outra era. As sínteses e a dialética da existência está muito mais acelerada e as ciências caminham a uma interdisciplinaridade e transdisciplinaridade (criação de novas). Mas como tudo, sempre há os excessos e negatividades, coisas boas transformadas em instrumentos de maldade. Assim como a pólvora e o hidrogênio foram usados para que uma bomba explodisse pessoas, a globalização pode ser usada para criar e vencer guerras, sem uma nação sair de seu território. A globalização simboliza os olhos de vigilância em todo mundo; temos serviços secretos de inteligência e satélites na órbita da terra e da lua. O problema da civilização universal mostrada em Gênesis, antes do dilúvio e da Babel, isto é, "confusão" de línguas, foi usar tudo o que possuiam para gerar o caos e se arrogarem da capacidade que possuiam, fazendo de si mesmos, semideuses em conflito um com o outro. Será que hoje não estamos numa situação parecida e construindo "torres de babeis " que podem cair e arruinar a humanidade? Não estou falando meramente de arranha-céus enormes e que são neutros em si mesmos. Mas em torres de "confusão" em meio ao enorme esclarecimento e facilitação das trocas aceleradas de informação, e a queda de barreiras linguísticas.
Se vermos o potencial destrutivo das bombas atômicas, de hidrogênio, armas químicas e etc... veremos que esta torre pode, a qualquer momento, desmoronar. E Deus não será o autor ativo disto, mas os próprios "semideuses-humanos" que usam todo o acervo de bem, para o mau. Como nos dias de Noé, assim está caminhando a geração desta era, como afirmou Jesus de Nazaré, segundo o relato de Mateus. Em meio a progressos, há simultaneamente: retrocessos. E os que dominam máquinas, perdem a sensibilidade humana, tratando outros seres humanos como máquinas. Este é um assunto muito complexo, mas o resumo dessa expansão pode ser representado pela torre Eiffel, onde ocorreu a Revolução Francesa, pautada em ideais liberais que surgiram da fonte humanista. Não estou dizendo que estes eventos são ruins, não! Mas que homem os usou para dar, mais ainda, a ênfase na sua arrogância de se portar como se o universo girasse ao seu redor e como se fosse "a medida de todas as coisas", como propaga o antropocentrismo, advindo do humanismo filosófico da Renascença.
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<https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Torre_Eiffel>
Acesso: Dez, 2017.
quarta-feira, 6 de dezembro de 2017
"O Jesus que é tudo e é nada"
Ao ler os Evangelhos (Mateus, Marcos, Lucas e João), que são os registros da vida histórica de Jesus Cristo por meio destes observadores, percebi a diversidade em que eles relatam Jesus. Mateus e Lucas preocupam-se muito com as genealogias e em registrar de forma específica sobre a origem das promessas da vinda de Jesus e seu cumprimento. Talvez porque o público alvo deles eram os judeus, em sua maioria. E se importavam em compreender um Cristo que confirma as profecias da Torá. Já Marcos, possui um relato mais breve e simples, relatando muito mais a vida prática de Jesus e que validava seu ensino e impressionava o povo. Seu público alvo eram os romanos e por isto era um livro pragmático, isto é: direto ao ponto. Mas eu gosto muito mesmo de João; João não estava nem aí para a cronologia dos fatos de Jesus e muito menos para detalhezinhos. João era desapegado ao politicamente correto, preferia mais o lado poético de se apresentar Jesus. Ele inicia falando sobre o Verbo, ou a Palavra (Logos, no grego), que era conhecido pelos gregos como o Deus que fez todo o universo por meio da sua palavra, que desencadeou tudo (e também pelo "deus desconhecido" como registram alguns filósofos na história). Desta forma, João fala ao público grego e erudito, que filosofava e procura a síntese em Jesus: de ser divino e humano ao mesmo tempo. Para os gregos, quanto mais divino era um Deus, mais humano ele seria. O relato sobre Jesus ter chorado diante da morte de Lázaro (Jo 11:35), e sobre o encontro com a mulher samaritana (Jo 4), que era intolerável aos olhos dos homens e ainda mais dos judeus (machistas na sua cultura e odiavam samaritanos); também há relatos sobre a defesa de uma mulher flagrada em adultério, em que os judeus queriam apedrejá-la, mas Jesus os impediu... e uma série de outras coisas.
Todos esses relatos comprovam a natureza irresistível de Jesus para os que precisavam de amor e misericórdia. Mas outra peculiaridade do que João nos conta, choca ainda mais e mostra o lado divino de Jesus. Versos como: "Eu sou o caminho, a verdade e a vida" (14:6); "Eu sou a ressurreição e a vida" (11:25); "Eu sou a luz do mundo" (8:12) "Eu sou o pão da vida" (8:35); "Eu sou o Messias!" (4:26) e "Se alguém tem sede, venha a mim e beba" (8:37). O que essas afirmações significam? Bem, significam que nada existe de forma abstrata em Jesus, pois ele disse a Tomé quando lhe perguntou o caminho: "Eu sou o caminho...", enquanto Tomé queria uma rota, um mapa, uma direção, Jesus era a personificação dessas coisas. "Pois nele vivemos, nos movemos e existimos..."
(Atos, 17:28 - Nvi). Esta afirmação feita por Paulo, no Areópago de Atenas, é uma citação do poeta grego Epimênides (600 a.c), em que os gregos definiram este conceito sobre o Deus que criou tudo por meio da sua palavra, e por isso, tudo que existe, existe nEle. Por isso, Jesus não tinha amor, vida, paz, ressurreição e etc. Esses conceitos não são abstratos dele, mas ele é tudo isso; ela era amor paz e etc... exatamente por todos esses conceitos e princípios emanarem dele na criação do universo. Assim, temos um Jesus que é tudo; mas também que é nada. E por quê? Porque os relatos de Mateus, Marcos, Lucas e João, mostram um Jesus simples; um Jesus do povo. Aquele que é "comilão e beberrão" e que anda com galileus (um dos menos importantes da época e que estavam mais próximos dos gentios). A divindade de Jesus o tornava tão humano que Judas precisou combinar um sinal para os guardas que iriam prendê-lo: um beijo. Pois se os soldados chegassem sem ninguém para identificá-lo, certamente não o reconheceriam. Mas se sentassem na roda e ouvissem Jesus falar, saberiam quem seria ele, pois adentrariam no seu interior profundo e divino-humano. Desta forma, ele é tudo e nada.
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<https://www.google.com.br/search?client=ms-android-samsung&biw=360&bih=337&tbm=isch&sa=1&ei=l5MoWvi8BIihwgSVooX4CA&q=jesus+leão+e+homem&oq=jesus+leão+e+homem&gs_l=mobile-gws-img.3...37541.43685.0.44016.20.9.1.0.0.0.1142.3355.0j1j2j1j1j0j1j1.7.0....0...1c.1j4.64.mobile-gws-img..12.6.2473.3..0j35i39k1j0i67k1.278.ut4fDXWIJXc#imgrc=NzYKOO8kduGlyM:
Acesso: Dezembro, 2017.
segunda-feira, 4 de dezembro de 2017
Todos (sempre) pecaram
"...pois todos pecaram e estão destituídos da glória de Deus..."
(Romanos 3:23- Nvi).
Que todos conhecem este texto... é evidente. Assim como João 3:16, ele é muito falado. Mas será que todos podem ter uma aplicação dessa realidade na prática? Exemplificar um texto é esclarecedor, então farei isto. Lembrando que "todos", são todos. O pecado e sua natureza não faz distinção; ele não tem preconceito com ninguém: cristão, não cristão, ateu ou religioso; negro, branco, asiático ou indígena; gordo, magro, educado ou mau educado. Mas aí você me diz: "pelo menos sou melhor que aquele mundano e aquele presidiário, eu só minto, mas não estupro ninguém". Ora, o que mente se vangloria daquele que mata alguém, mas quebra confiança de pessoas e as mata, se isolando; o que rouba a alegria do seu próximo com palavras geladas, olha torto para o ladrão que rouba objetos ou assalta um banco; o que ganha dinheiro de forma injusta se martiriza de peso na consciência (se tiver o mínimo senso) e ganha em cima da exploração alheia; o que devora as mulheres com os olhos se orgulha em cima do adúltero que consuma seu ato, mas não percebe que é um açogueiro humano e que fere as mulheres com olhares de estupro; o que se orgulha por ser religioso engana-se no casulo de sua "espiritualidade" e se afasta do contato humano, tornando-se mais diabólico que o satanista que fala com todos; o suicida dá fim a sua existência de forma abrupta, enquanto o glutão e o beberrão a extingue paulatinamente. O empresário avarento sai de sua casa pra ganhar o mundo, mas perde sua família; o canalha bate na mulher que o denuncia. O delegado o beneficia e faz vista grossa à denúncia, cospindo em sua farda e tornando-se igual ao presidiário em sua delegacia. Os bem vestidos do planalto são mais assaltantes que o bandido que assalta um jovem na esquina. A mulher que espalha fofocas gera uma catástrofe entre ex-amigos. O que se gloria na sua inteligência torna-se mais irracional que o cachorro que ganha simpatias de sua família só abanando o rabo. O pastor que usa sua "posição santa" para esbanjar seu "orgulho santo" de repreender suas ovelhas, vira um sócio do diabo na agência de acusações. No final... somos todos pó; já vi moradores de rua ricos e empresários pobres de solidariedade. Já vi crianças mais adultas que velhos insensatos. Já vi o contraditório desta vida decaída e cheia de chocarrices, pois todos pecaram... e pecam todos os dias! Deus olha lá do alto pra tudo isso e diz: "são sujos falando de mau lavados", inclusive eu que escrevo a todos vocês.
#Prosador
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<http://acordabrasilacordaigreja.blogspot.com.br/2011/12/politico-ladrao-mata-mais-que-bandido.html?m=1>
Acesso: Dez, 2017.
quarta-feira, 29 de novembro de 2017
Afinal, palavrão é pecado?
Antes de começar a falar, quero deixar explícito que este tema não tem muita relevância perto da centralidade do Evangelho e de seguir Jesus. Não estou escrevendo para debater ou gerar discussões, mas reflexões. Então, independente da sua opinião, caro leitor, se concordar ou discordar... relaxa! Mas escreverei sobre este tema para os curiosos de plantão e interessados em detalhes para além do trivial. Bem... o que é palavrão? Sociológicamente, é considerado como o uso de palavras de conotação sexual, usadas para expressões de raiva, alegria, tristeza, alívio... bem como insultos. Usei o termo "sociológicamente" para trazer a minha definição mediante a observação empírica do cotidiano brasileiro. Outro detalhe é que há, no decorrer da história, uma mudança no senso comum entre palavras que não eram consideradas "palavrão" e que hoje são, e palavras que eram consideradas e hoje não são. Então se fosse pecado, ele seria imputado por Deus dependendo da época e região? Em lugares da África um simples "poxa" já pode "escandalizar". A Superinteressante possui um artigo sobre isto e que deixarei o link no fim deste texto. "Ta bom", diz você de forma impaciente e me pergunta: "Mas o que a Bíblia diz?". Então vamos lá: "Nenhuma palavra torpe saia da boca de vocês, mas apenas a que for útil para edificar os outros, conforme a necessidade, para que conceda graça aos que a ouvem"
(Efésios 4:29- Nvi). O que seria "palavra torpe"? E qual a intenção e o contexto em que Paulo de Tarso escreveu esta carta? São perguntas fundamentais para entender um texto. No contexto de Efésios, no capítulo quarto, Paulo está dando instruções gerais acerca de como viver de maneira digna no Evangelho (4:1). A carta de Efésio foi uma carta de instruções gerais da fé, e que circulava, juntamente com outras, entre as igrejas da Ásia Menor (ver Colossenses 4:16). No contexto do capítulo 4, Paulo faz uma combinação entre atitudes que devem ser evitadas, substituindo-as pelas que devem ser praticadas (4:25 ao 28). E fala sobre a palavra: torpe (Sarprós, do grego) que possui a conotação de uma fruta estragada, ou seja, algo que não tem condições de uso. E em seguida instrui a falarem aquilo que traz edificação para os que ouvem. O grande problema é que dizer que palavrões como "porra, caralho, puta que pariu e cú" são pecado, está no anacronismo. Essas palavras não era ditas naquela época e Paulo não se referia a expressões referentes a órgãos sexuais e palavras pouco usuais ao moralismo cristão ocidental. Quando ele diz palavra, está se referindo à linguagem em si e não à palavras isoladas. Outro erro está em classificá-las como imorais, pois o pressuposto de que muitos partem vem de que o sexo ou a menção desses orgãos, ainda mais desta forma, são pecado de imoralidade. Isto ocorre porque o cristianismo sempre teve esta tendência de negativar o sexo e vê-lo com maus olhos. No ocidente, um cristão dizer que "caiu" já provoca nos outros o pressentimento de pecado sexual como adultério, prostituição e etc. Mas o "cair" pode ser em qualquer área, certo? Esta atitude da cristandade para com o sexo, ao decorrer dos séculos, mostra que o sexo sempre foi um alvo de sua repressão e fixação; por isso tentam evitá-lo e demonizá-lo, como consequência de mecanismos de defesa inconscientes.
A própria história do cristianismo mostra isto, como no livro "Eunucos pelo Reino de Deus". Mas simplificando: se eu falasse que fiz uma cirurgia no meu pênis, você acharia imoral a simples menção dele? A tendência seria não. Com a palavra "caralho" dá no mesmo, mas com outras letras. Porém, esta palavra não é lá muito elegante e socialmente aceita, né. Por isto muitos não falam, ou falam somente em conversas informais. Mas então "o que seria entorpecer a linguagem?", você deve estar perguntando. Eu digo: palavra torpe é usar a sua linguagem para "matar" alguém, seja xingando alguém com esses "palavrões", ou seja com insultos que não são "palavrões", mas que ferem do mesmo jeito ou até mais; também seria mentir para alguém, ou adular alguém com palavras bonitas sendo que você a prejudica fazendo ela acreditar que estes elogios são verdades, mas na verdade são ilusões. Ou então passar informações erradas e que atrapalham as pessoas, sendo esse conjunto de todas estas coisas, que acabei de citar, algo que não as edifiquem, ou seja: as destroem. Outra evidência de que palavra torpe não seria palavrão, é o fato de na Bíblia haver palavras que eram consideradas fortes e que os tradutores suavizaram e muito. Temos o original de Ezequiel 16 com palavras fortes de confronto, onde Deus menciona que as mulheres de Israel estavam interessadas no "caralho" dos egípcios. Este seria o termo mais adequado, segundo alguns intérpretes. Foram palavras duras que Deus usou para chocar e chamar a atenção do povo cauterizado de mente. Temos Jesus chamando os fariseus de "sepulcros caiados" e "serpentes e raça de víboras" (Mt 23:33) e que naquela sociedade era considerado um baita "palavrão". Mas eram palavras de repreensão e para delatar a hipocrisia de pessoas que eram raça de víboras, porque matavam pela boca (pelo ensino da lei, colocando fardos nos outros) e sepulcros caiados, porque eram vazios por dentro e adornados por fora.
Desta forma, a linguagem de Jesus era mais clara que a neve, jamais torpe ou coisa do tipo. Ele não os ofendeu, pois eram aquilo. Jesus estava os despertando da hipocrisia malévola deles e tentando salva-los do juízo de rejeitarem o Messias e o Reino, por causa de suas tradições. Resumindo: o palavrão pode ser pecado se for usado como palavra torpe, ou seja, para insultar, destruir, mentir e não edificar o próximo. A grande questão seria o que fazenos con este conhecimento. O fato de falar palavrão em si não ser errado, não significa que irei falar na frente de quem tem consciência diferente da minha e que não gostaria de ficar ouvindo isto a toda hora. Deve, portanto, haver um equilíbrio nesta questão. Não devo explorar meu próximo ou falar um palavrão somente para esfregar em sua cara que não é pecado. E nem ele me esmagar de moralismos e condenações. Em suma, se sua intenção for falar palavrões para irritar seu próximo, você não usou o conhecimento como devia.
#Prosador
Link da Superinteressante:
<https://super.abril.com.br/ciencia/a-ciencia-do-palavrao/>
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<https://www.google.com.br/amp/www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/tecnologia/2017/05/31/interna_tecnologia,598890/amp.html>
Acesso: Novembro, 2017.
O bicho (Análise)
"Vi ontem um bicho
Na imundice do pátio
Catando comida entre os detritos.
Quando achava alguma coisa,
Não examinava nem cheirava:
Engolia com voracidade.
O bicho não era um cão,
Não era um gato,
Não era um rato.
O bicho, meu Deus, era um homem".
-Manuel Bandeira
Este poema, composto por Manuel Bandeira, reflete de forma simples e prática uma problemática que existe desde que o mundo é mundo: a fome. Seu talento para expressar em versos questões sociais é nítido neste poema. O autor começa com uma expressão que denota algo comum do cotidiano: "Vi ontem um bicho". Algo recente e sempre presente na sociedade; a princípio "o bicho" não é especificado, dando a entender que era um animal. Este bicho estava na "imundície do pátio", ou seja, um ambiente não muito agradável e incomum para um ser humano, reforçando a hipótese de ser um animal. Percebe-se que ste bucho estava desesperado e faminto, pois "quando achava alguma coisa, não examinava nem cheirava: engolia com voracidade". Era um ato de sobrevivência; nesta situação a comida não era um a aperitivo ou algo a ser apreciado, mas uma questão de sobrevivência. Ao relatar o que o bicho não era, o autor coloca uma escala: "não era um cão, não era um gato, não era um rato", mas ao descrever ser este "bicho" um homem, usa expressão ambígua "meu Deus". A intenção dele era passar a impressão de espanto, ao descobrir que o bicho era um homem. Um honem que saiu de sua condição natural e virou bicho, um animal ao engolir e com voracidade a comida, movendo-se por instintos somente. Outra interpretação era que ao dizer "meu Deus" o eu lírico ao se espantar,clamava pela intervenção divina em meio ao caos constatado. Decerto, a mensagem a ser refletida é a constatação da pobreza e um protesto contra a banalidade que se vê hoje em dia. Já é comum para nós, humanos, banalizarmos o caos da fome, justamente por convivermos com ela. Manuel Bandeira publicou este poema em 1947, depois do pós-guerra (Segunda Guerra Mundial), onde o caos e a pobreza trouxe, talvez, a reflexão ao autor. A fome é consequência do caos instaurado pelo egoísmo e pelas guerra humanas, que ocorrem pela nossa natureza decaída. Desta forma, a nossa pergunta é: temos sido animais no trato com o outro, ao tratarmos pessoas nessa condição como bichos? As guerras e a indiferença... indicam que sim!
#Prosador
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Acesso: Novembro, 2017.
O que é ser cristão?
Escrevo para todos; tanto os não cristãos e não religiosos, quanto os que se consideram religiosos ou cristãos de alguma denominação. A proposta neste texto é expressar o meu conceito do que seria um autêntico cristão; um termo vasto e genérico, mas ao mesmo tempo pode ser neutro em um tempo com tantas denominações e religiões dentro do cristianismo. Bem, ser cristão tem a conotação de pertencer, primariamente a Cristo, ou seja, aquele que segue a Cristo. Embora nem Jesus Cristo tenha chamado seus discípulos de "cristãos", mas como eram seus discípulos, podem ser chamados de cristãos, pois são discípulos de Jesus Cristo. Desta forma, creio este ser o termo mais correto e que uso quando digo ser um cristão; aquele que segue os ensinos de Jesus Cristo e se relaciona com Ele, sendo Deus. Na Igreja Primitiva, o termo usado para a reunião dos que seguiam os ensinos de Jesus, era "O Caminho", e traz a conotação de que não havia um religião formal, mas uma organização simples entre os que partilhavam a mesma fé. Porém, o termo cristão de forma secundária, se refere ao seguidor do cristianismo, fundado como religião oficial do Império Romano de Constantino, por questões políticas, onde a religião seria a língua universal no meio da diversidade e extensão do império da época, onde havia diferentes línguas. Desta forma, o cristianismo se expandiu e depois, ficou sob a tutela da Igreja Católica, que reinou sobre a Idade Medieval e foi enfraquecendo-se paulatinamente, principalmente depois da Reforma Protestante que também possuiu cristãos, mas reformados. Dificilmente um cristão protestante se identifica como cristão, mas se refere como reformado, ou presbiteriano e etc. Isto porque, com a reforma, surgiram várias subdivisões de outros grupos, como luteranos, calvinistas, wesleyanos e etc. Desta forma, ser cristão tem a conotação de muitas coisas; tenho certeza que deixei de explanar muitas coisas, mas ao meu ver... ser um autêntico cristão, tem a ver com alguém que segue a Cristo. Se institucionalizado ou não, católico, protestante e etc... não importa. Desde que Cristo seja a referência acima dessas estruturas e denominações religiosas. Pois como disse karl Marx: "A religião é o ópio do povo", e tem poder de viciá-lo numa alienação, porque o ser humano gosta do controle e muitas coisas ruins podem surgir, principalmente com o poder nas mãos de um líder mau intencionado e com o "poder espiritual" sobre outros.
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segunda-feira, 27 de novembro de 2017
"Poema em Linha Reta" (Análise)
"Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.
E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo,
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.
Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...
Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó príncipes, meus irmãos,
Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?
Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?
Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza".
-Fernando Pessoa.
Este é um clássico poema de Fernando Pessoa, através do seu heterônimo Álvaro de Campos. Os versos retratam um manifesto! O eu lírico parece estar indignado com o cenário em sua volta. Que cenário??? O cenário de uma sociedade que vive em negação; há uma certa hipocrisia entre as pessoas e uma vida de máscaras. Ele responde a esta sociedade politicamente correta de forma sarcástica: "Nunca conheci quem tivesse levado porrada" e "Todos os meus conhecidos tem sido campeões em tudo". Isto demonstra que os contemporâneos deste eu lírico (ou pelo menos ele achava que) não queriam demonstrar suas fraquezas ou admiti-las. Pois todos tem sido "campeões em tudo". Hoje podemos ver a mesma coisa: quem no Facebook e nas redes sociais mostra suas mazelas ou seus momentos de tragédia? São a minoria. Vivemos em uma sociedade perfeccionista, onde o capitalismo nos oferece status por meio de produtos de marca e bens, e onde os erros são encobertos. A reputação é o que importa; há um culto à autoimagem e por isso, a fachada precisa ser bem decorada com máscaras bonitas. Mas as patifarias e os trâmites são feitos por baixo dos panos, principalmente aqui no Brasil. Todos acompanhamos a operação lava jato, a cara lavada dos nossos políticos e suas insistências em se declararem inocentes, mesmo com provas veementes. O Brasil é o país do "homem cordial", como disse Sérgio Buarque de Holanda. Em que ele é movido pelo coração (que vem de "cordis" no latim= cordial), ou seja, alguém movido pelo frenesi, pelos impulsos e que não faz distinções entre o público e o privado. Usando-se dinheiro ilícito (desviado) para luxos e viagens privadas com aviões públicos, e onde os impostos neste país são regressivos (com ênfase de altas taxas de impostos nos produtos mercantis), deixando baixa ênfase no custo dos progressivos, (que teriam mais custo sobre impostos onde a classe mais alta teria que pagar mais ao Estado), demonstrando que as leis, quando funcionam, beneficiam a aristocracia do Planalto.
Depois, o eu lírico dá vários exemplos de gafes que sofreu, como ser desprezado por pessoas de funções mais baixas de uma sociedade (criadas de hotel, moços de fretes) e que, acima de tudo, cometia erros como um ser humano normal. Agindo totalmente ao oposto dos que só cometiam pecados, mas nunca infâmias; atos de violência, mas nunca covardias. Eles, que faziam um grande esforço para não perder a fachada adornada de perfeição, parecendo "semideuses". Em contraposição, o eu lírico mostra ser humano e sincero, pois não nega suas mazelas, mas admite seus deslizes, gafes e imperfeições; ele olha para si e reconhece ser um reles mortal. Mas quando olha para fora e olha a mentira e a vida de máscaras dos outros, reage com ironia e sarcasmo. Ótimas formas de se chamar a atenção quando os discursos do cotidiano falham e são contemporizados. As expressões: "Ó príncipes, meus irmãos", "Arre, estou farto de Semideuses" e "São todos o ideal, se os oiço e me falam", demonstram a denúncia sarcástica dos politicamente corretos e alvos da delação do eu lírico. Assim podemos, como leitores, refletir sobre este poema e quem somos nele. Se somos os "semideuses" cheios de fachada e que negam olhar para si, ou se somos os que "enrolamos os pés publicamente nos tapetes das etiquetas" e nos olhamos no espelho da existência, com nossas falhas e imperfeições. Desta forma, Fernando Pessoa, além de um poéta, mostra-se um filósofo que discorre, entre prosas e poemas, sobre os dilemas vida.
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Acesso: Novembro, 2017.
quinta-feira, 23 de novembro de 2017
O fardo de ser um "Cristão"
Vai chegando um momento da vida em que se torna complicado, e na verdade, incompatível ser cristão! Calma, caro leitor(a) não se escandalize; o termo que emprego aqui é o cristão denominacional cego e mente fechada, advindo desde Constantino e desde a reforma. Mas, na verdade, não necessáriamente pelo rótulo que carrega, pois qualquer um pode ser esse "cristão" independente de onde seja ou esteja. É complicado ser cristão porque, desde sempre, somos ensinados que Deus abençoa os seus filhos e os proteje de forma especial, mas ligamos o noticiário e vemos dezenas de cristãos mortos pelo Estado Islâmico e acidentes com toda sorte de pessoas. É difícil ser cristão porque, crescemos achando que Deus age sempre seguindo uma cartilha, mas ficamos confusos, na nossa prepotencia, ao tentar entendê-lo e explicá-lo. É complicado ser cristão quando eu vejo que nem todo homem que sobe ao púlpito é o que fala lá em sua casa, quando distribui uns safanões em sua mulher e chuta até o cachorro. É impossível ser cristão quando temos que nos basear muito mais no comportamento moralista difundido por muitos, do que nas intenções e no espírito do Evangelho. É difícil ser cristão porque, muitas das vezes, você tem a obrigação de pensar segundo a autocracia dos que se dizem líderes. E convictos da sua visão arrogante... não aceitam opiniões diferentes. É complicado ser cristão, quando você percebe que aquele ateu que não crê na existência de uma divindade... na prática é mais íntegro e vive o Evangelho com a vida, mesmo sem acreditar nele. Bem... que fardo ser cristão, arre! A minha decisão será rasgar a cartilha da tradição que não condiz com a liberdade do Evangelho, de ser a favor da vida e de Jesus. Já você... é livre pra escolher o que quer ser quando "crescer".
#Prosador
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Acesso: Novembro, 2017.
domingo, 19 de novembro de 2017
O Caminho, a Verdade e a Vida.
" Disse-lhe Tomé: 'Senhor, não sabemos para onde vais; como então podemos saber o caminho?' Respondeu Jesus: 'Eu sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai, a não ser por mim.' " (João 14:5, 6 -Nvi).
De fato, este versículo é muito comum e muito citado entre as pessoas. João 14:6 é o básico para quem se diz cristão e ensinado nas escolas bíblicas dominicais. Porém, você já parou para pensar na profundidade dessas palavras de Jesus? Ocorre um grande risco entre nós de menosprezarmos o básico e o que é sempre repetitivo. Mas os que creem no Evangelho, sabem que ele sempre tem algo novo a nos mostrar e despertar em nós uma compreensão que antes não tínhamos; principalmente quando passamos por situações parecidas com o contexto do texto vigente. A revelação divina é tão impactante que mesmo tendo sido terminada primáriamente, continua sendo desdobrada em nossa vida diária e aprofundada. "Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos!", diria Paulo de Tarso e tantos outros. Mas então qual o sentido de João 14:6? Bem... no contexto em que Jesus exclama isto, os seus discípulos estavam com fortes crises e dúvidas quanto ao seu destino; não entendiam (ou não queriam entender) o que Jesus vinha dizendo de que era necessário ir para a cruz e morrer, ressuscitando ao terceiro dia. E de que seu Reino não era político, mas espiritual. Eles esperavam um Messias político e fama ao lado dele. Porém, Jesus disse que o lugar que estava indo, eles não poderiam ir naquele momento. Esta era a crise do momento; mediante a pergunta de Tomé, Jesus afirma ser o caminho, a verdade e a vida em pessoa. Ora, quando estamos confusos e sem rumo na existência (mesmo sendo cristãos), começamos a entender que Ele é o Caminho; somos fissurados no "como" e nos métodos. "Como devo ser um bom cristão, como devo pregar o Evangelho, como viver, como vencer os problemas, qual a rota a seguir?" Interrogamos a nós mesmos de forma existencial. Quando a mentira vira nossa companheira diária (inconscientemente) ou quando a usamos conscientemente e já não sabemos mais o que é verdade ou não e ficamos sem entendimento, Ele é a Verdade que nos mostra onde nos perdemos ou as mentiras que não vimos e nos ajuda a viver pela verdade. Em um mundo caótico, seja o nosso mundo interior ou no mundo exterior: geográfico e coletivo, onde o índice de suicídios aumenta e a depressão nos persegue... Ele diz ser a Vida. E nos ensina a viver em abundância e a amar a vida e todas as pessoas. Jesus é a luz que ilumina todos os homens; o verdadeiro Jesus eu digo. Não me refiro ao cristo da religião ou da construção religiosa, mas ao Cristo vivo e verdadeiro. A morte de Jesus Cristo foi para termos acesso a Deus, sendo essa a causa verdadeira da morte dEle, o relacionamento com Deus (que por sinal é Jesus). E por isso o relacionamento é a chave para que Ele nos guie ao caminho, à verdade e à vida existenciais. Pois Ele é o Caminho a Verdade e a Vida. Então lembre-se: não sabe o que fazer? Pega um refresco, senta e relaxa! Porque Ele é o Caminho, a Verdade e a Vida; você está em boas mãos.
#Prosador
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Acesso: Novembro, 2017.
sábado, 18 de novembro de 2017
A Falsa Espiritualidade
"Cuidado com os “cães”, cuidado com esses que praticam o mal, cuidado com a falsa circuncisão!" (Filipenses, 3:2 -Nvi).
Certa vez, eu estava conversando com uma determinada pessoa. E a avisei que uma conhecida dela ligou para ela e a avisou que ela tinha se esquecido de passar na casa de sua conhecida. Em resposta, a pessoa que avisei, que tinha esquecido de passar na casa de sua conhecida, disse-me: "Eu esqueci; mas o mais importante é o meu Deus". Sim, ela tinha ido para uma reunião na igreja. E eu respondi: "Aí que você se engana. Se você ama a Deus, não esquece do seu próximo". Não falei aquilo condenando ela por ter esquecido do compromisso com a sua conhecida; errar é humano. Mas usar a "espiritualidade" para não assumir o erro e se distanciar do próximo, tem sido a incongruência de quem se diz espiritual. Amar a Deus sobre todas as coisas e ser um cristão que segue Jesus, não se desvincula do amor ao próximo; pelo contrário: a espiritualidade se confirma no meu próximo. Jesus Cristo foi o exemplo vivo quando andava com as pessoas. Quanto mais Deus ele era, mais humano se fazia, e de fato se fez. A ponto de andar com todo tipo de pessoas: da mais alta elite, ou com os mais marginalizados para a sociedade de seu tempo. Mulheres, prostitutas, mulheres samaritanas, leprosos, pescadores e coletores de impostos. Foi isso que João disse a respeito de Jesus em seu livro: "Aquele que é a Palavra tornou-se carne e viveu entre nós. Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai, cheio de graça e de verdade" (João, 1:14).
Sim, o Divino se auto-limitou para se fazer presente com nós, a humanidade. E a verdadeira espiritualidade e culto a Deus é o nosso semelhante; independente de religião, cor da pele, opção sexual, preferência alimentícia ou qualquer coisa do tipo. O Jesus que era o caminho, a verdade e a vida e também Filho de Deus, era também acusado de beberrão e de ser festeiro (rolezeiro); era alegre e andava com todos. Assim, a conversão ao Evangelho, significa conversão ao próximo. É não deixar de ir em churrascadas, festas, reuniões, exposições de Arte e todo o lugar geográfico onde haja seres humanos. Pois o culto é na vida, e a vida é um culto de relacionamento com Deus que nos aproxima do nosso próximo, seja quem for. Assim, o Reino de Deus é um pressuposto pelo qual eu vejo o mundo e ajo nele. O Reino não é lugarizável (não tem lugar geográfico), mas é no coração humano e um estilo de vida. Este é o Evangelho que eu creio. O que passar disto é obra da distorção da religião e regras de homens preocupados em manter gente em sua instituição, por bem ou por mal.
#Prosador
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Acesso: Novembro, 2017.
terça-feira, 14 de novembro de 2017
Uma verdade sobre A verdade
Essas, são as indagações de um sujeito normal e sincero em meio ao mundo das diversas verdades. Nesta minha pequena-grande jornada de vinte e um anos, transitei entre os mortais e avistei neles a segurança de quem afirma suas verdades com a certeza de estarem certos. Todos os que creem em uma verdade se acham, de fato, detentores dela. Mesmo que tenham rivais que pensem opostamente o contrário; em todas as áreas. Os rivais que pensam ao contrário dos que pensam estar certos, também se acham certos. E quem disse que estão ou não? No meio religioso, transitei entre os que, pelo menos eu, considero conservadores... e observei, de perto, suas crenças e axiomas; verdadeiros dogmas, se certos ou não, não sei. Achei que estavam certos... talvez estejam, talvez não. Posteriormente, transitei entre os que, pelo menos eu, considero liberais e observei de perto suas crenças e seus antidogmas e tentativas de desconstruir todo o velho paradigma que consideravam conservador. De fato foram traumatizados pelas "verdades" conservadoras e se enrijeceram com a antítese da "verdade anticonservadora", pelo menos ao meu ver. Talvez estejam certos, talvez não. Também investiguei a soteriologia religiosa dos que, pasmem, acham estarem certos: os calvinistas; sempre certos e seguros com a verdade deles. Talvez estejam certos, talvez não (pessoalmente creio que não, mas também tenho a minha verdade que acho ser A verdade). Depois... procurei investigar os arminianos, outros que também se acham certos. Visitei os mórmons, católicos, espíritas, adventistas, não evangélicos, evangélicos: batistas, presbiterianos, pentecostais, os da Universal (neopentecostais) e também reparei que todos se acham certos. E agora? Alguém tem que estar errado não? Não sei! Mas o que eu sei que sei, é o seguinte: nessa existência povoada por estes semideuses, a verdade é que eu não sei qual é A verdade. Mesmo que alguns deles me digam que as suas verdades são A verdade, quem pode isto me garantir?
#Prosador
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<http://caminhosdailuminacao.com.br/sua-missao/verdade-como-viver-o-caminho-da-sua-verdade.html>
Acesso: Novembro, 2017.
sábado, 4 de novembro de 2017
A brisa de ser cristão
É brisado ser cristão; totalmente loucura e acertada insensatez. O cristão genuíno é um ser divagante. Aquele que acredita na loucura de que um livro escrito durante os milhares de anos atrás e em diferentes momentos é verdade, parece louco aos olhos dos sensatos não cristãos.
É loucura acreditar que o mundo foi criado por um ser que sempre existiu, e que foi criado em sete dias (ou eras); loucura... pensar que o homem foi feito do pó. Ou que um grande dilúvio inundou toda a terra e que somente uma família sobreviveu em uma grande arca. É loucura acreditar que um Deus se manifesta de três formas, sendo uma trindade. Para estes sensatos, acreditar que esse Deus desceu na terra e viveu entre homens e morreu, mas ressuscitou... é totalmente loucura e também coisa de gente que tem parafusos soltos ou fanáticos medievais que também crêem no Diabo.
Loucura das loucuras é falar com um ser eterno e que não tem forma e nem aparência, mas que se revela por um livro escrito há milhares de anos. Loucura é retribuir os pontapés com beijos, ou fazer o bem como troco ao mau imputado. Completa brisa acreditar que depois da morte há uma vida que nunca acaba e que existem anjos e outras dimensões.
Neste sentido, o cristão é digno de toda chacota, pois acredita no que não vê e não sente. Ter fé é coisa de louco que abre mão dos passos certeiros e caminha com passos no escuro, com a certeza dessa loucura, "Pois a mensagem da cruz é loucura para os que estão perecendo, mas para nós, que estamos sendo salvos, é o poder de Deus" e ainda: "Visto que, na sabedoria de Deus, o mundo não o conheceu por meio da sabedoria humana, agradou a Deus salvar aqueles que crêem por meio da loucura da pregação" e novamente: "Não se enganem. Se algum de vocês pensa que é sábio segundo os padrões desta era, deve tornar-se 'louco' para que se torne sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura aos olhos de Deus. Pois está escrito: 'Ele apanha os sábios na astúcia deles'. E assim, a confirmação de que os sensatos estão certos, é pura verdade: somos loucos como cristãos e insensatos aos olhos desses sensatos. A maior sensatez é aceitar tal loucura e ser coerente nesta grande "incoerência" que se chama vida com Deus.
Referência: O livro de loucos, chamado "A Bíblia", na carta de 1Coríntios 1:18 ao 21 e 3:18 ao 19.
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Acesso: Novembro, 2017.
segunda-feira, 30 de outubro de 2017
Liberalismo em Prosa e Verso
O liberalismo possuiu muitas facetas e assimilou-se à uma faca de dois gumes. Do ponto de vista histórico é ambíguo e contradizente, pois ao mesmo tempo em que avança... freia; almeja revolução, mas impõe restrição. Pois as mudanças são até certo ponto... vindo depois a conveniente estatização e o monopólio. "Liberté, egualité e fraternité", exclama o burguês! E o camponês ingênuo, cai no conto do vicário; pois estes ideais são só para a elite e para mais ninguém. Temos, além disso, a perspectiva de um liberalismo ideológico e atemporal: o liberalismo nascente do Humanismo, onde o inconsciente coletivo se cansa do coletivismo esmagador e aniquilador do individualismo. O povo bufa com raiva só de recordar do teocentrismo medieval que o encurralou. E assim, o liberalismo é tudo em todos, desaguando em todas as áreas inimagináveis da existência. De certo, um estilo de vida. Daí vem a colocação popular: "Fulano é liberal!" E se dá vasão à individualidade, sem ferir (pelo menos no papel), as coletividades.
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Acesso: Outubro, 2017.
quarta-feira, 25 de outubro de 2017
O Novo Éden
O Éden, além de um jardim físico com uma grande diversidade de árvores e animais, representava a perfeição e os ideais originais de Deus na criação do cosmos. A principal marca do Éden era o relacionamento de Adão e Eva com o Verbo Vivo. A criação do ser humano já demonstrou esse objetivo do Divino, onde Ele esculpiu detalhadamente o homem (pelo menos no meu ver) e soprou fôlego de vida em suas narinas. Como Ele soprou ou se esta expressão era simbólica para facilitar a compreensão sobre a natureza de Deus, não nos interessa agora. Mas sim o fato de que o Eterno partilhou algo com o homem e que não havia partilhado com os animais: o seu Espírito. O homem ganhou um espírito que é eterno. Ele sempre irá existir; seja no corpo ou fora do corpo, no céu ou no inferno... a vida é eterna. Assim entendemos que o homem é a imagem da semelhença de Deus. O que não se diz o mesmo dos animais, embora eles tenham alma e vida, mas não possuem a capacidade e complexidade de exercer a razão do homem, mas agem por extinto. E a Bíblia narra o relacionamento do homem com o Criador, aonde havia uma relação de confiança entre ambos, por meio do jardim:
"Depois que formou da terra todos os animais do campo e todas as aves do céu, o Senhor Deus os trouxe ao homem para ver como este lhes chamaria; e o nome que o homem desse a cada ser vivo, esse seria o seu nome. Assim o homem deu nomes a todos os rebanhos domésticos, às aves do céu e a todos os animais selvagens. Todavia não se encontrou para o homem alguém que o auxiliasse e lhe correspondesse.Então o Senhor Deus fez o homem cair em profundo sono e, enquanto este dormia, tirou-lhe uma das costelas, fechando o lugar com carne. Com a costela que havia tirado do homem, o Senhor Deus fez uma mulher e a levou até ele. Disse então o homem: “Esta, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne! Ela será chamada mulher, porque do homem foi tirada”
(Gênesis, 2:19 ao 23 - Nvi).
Deus trouxe os animais para Adão nomear. Antigamente eu não me atentava para este detalhe e só o enxergava como um simplório dever em que Adão foi encarregado. Mas na verdade isso fez parte da relação entre eles, assim como um pai confia em seu filho que o sucede nos negócios, ou quando um amigo confia no outro para emprestar seu carro. Não era uma relação de formalismos, burocracias ou cheia de regras, afinal era o Éden pré-queda. Então o antigo Éden era o relacionamento de Adão a base de confiança e intimidade com o Eu Sou. Após a queda, a maior consequência tornou-se o relacionamento estremecido com o Deus e a morte física. O Éden se extinguiu; o Éden interior da confiança e da intimidade. O maior estrago foi o homem distante do Divino e da natureza corrompida que o distanciou dEle.
Mas Jesus Cristo na cruz, sendo Deus encarnado e crucificado, foi a representação do ressurgimento de um Novo Éden. E desta forma o homem voltou ao Éden interior, onde há relacionamento e confiança; liberdade e vivacidade. O efeito da lei que era como uma tutora e também o efeito do pecado, foram aniquilados. Embora ele continue até o fim desta vida latente em nós. Parte da lei foi sepultada em Cristo, pois eram sombras do que já veio (Hb 10) e agora seguimos Cristo e não rituais. Não seguimos cegamente à um manual de regras, mas o exemplo e o legado: o Verbo vivo que viveu entre nós; a Luz que ilumina os homens e que habita neles. A lei é relativizada quando não aponta para O Caminho, À Verdade e À Vida. Ela deve ser trazida à liberdade (Tg 1:25), tornando-se a Palavra de Deus e que não tem a ver com leitura de letras que matam, mas com o entendimento das verdades exprimidas pelas letras, sob a ótica do Espírito de Cristo. "As minhas palavras são Espírito e vida", disse a Consciência Suprema. E assim somos cartas vivas que exclamam a todos: "me leiam, me leiam!". Desta forma, não se odeia todos os inimigos com ódio implacável, como demonstra o Salmo 139 em seu final, nem sacrifíca-se bodes ou ovelhas (tadinhos). Mas se retribui o mal com o bem e abandona-se o "olho por olho e dente por dente", pisando desta forma na cabeça da Serpente.
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Acesso: Outubro, 2017.
domingo, 22 de outubro de 2017
O Nazareno Loko da Revolução
"Sem a fantasia do Jesus bonzinho
Sigo o nazareno loko da revolução
Não o santo, barba feita, cabelo lisinho
Curto aquele acusado como beberrão
Que sem drink lá na festa fez da água, vinho
Sou mais esse que jantou na casa do ladrão
Que abriu mão de ser o primeiro pra reinar sozinho"
-Kivitz, "O Último Cristão".
Esta é uma bela reflexão. Muitas vezes, hoje em dia, Jesus é retratado pelos filmes de Hollywood como o Jesus bonzinho, sem graça e loiro de olhos azuis. A religião também pinta e borda um Jesus de acordo com o pretexto. O velho de barba branca com um raio na mão, ou de repente um cara muito sério e que só pensa na obrigação da obra e do ativismo religioso, um Jesus patrão. Ou de repente, para os mais libertinos, um Jesus bonachão, que ri de tudo e deixa tudo rolar até o chão. Que deixa o pecador se afundar no pecado. Mas o mergulho no Evangelho, sem as lentes da religião e dos dogmas religiosos, vão mostrar um Jesus nazareno loko da revolução; que é escândalo para a sociedade judaica. Que bebia vinho, andava com publicanos e pecadores e era acompanhado e amado por uma penca de mulheres. Falou sozinho com a mulher samaritana no poço na hora mais quente do dia. Atendeu à mulher cananeia em seu pedido, defendeu a mulher que beijou seus pés e o ungiu. Impediu uma adúltera de sofrer inquisição. Deu voz a quem não tinha, naquela sociedade machista, inclusive às crianças. Chamou os fariseus de serpentes, raça de víboras, sepulcros caiados e hipócritas e de quebra dava rolê no sábado. Era Senhor sobre enfermidade, vida e morte; perdoava pecados. Multiplicava o rango pra galera comer, era um Jesus do povo e de cada um. Esse Jesus não era fácil de engolir era um Jesus da guerra e da paz, proferia muitos "ais", e não negociava o Reino com a tradição inconsistente do velho sistema. Calou os peritos na lei com perguntas macabras, advertiu seus discípulos, enfrentou Satã no deserto, transfornou a água no melhor vinho; esse Jesus ai não era nenhum banana. Foi traído e não recuou, foi um Jesus que sendo macho, chorou! Foi de todo mundo, mas ao mesmo tempo de ninguém. Teve medo e não recuou, foi crucificado e ressuscitou, dando vida a todo o que o aceitou e não se escandalizou.
"...e feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa”.
(Mateus 11:6 -Nvi).
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Acesso: Outubro, 2017.
sábado, 21 de outubro de 2017
A Cruz Pré-Universo
Não há abismos, nem alturas e profundidades, nem qualquer barreira de mérito ou fracasso que nos separe do amor e da graça de Cristo; ela se revelou maior do que os pecados do mundo. Antes que o mundo se chamasse mundo o Cordeiro foi imolado para que tudo fosse criado. Ele é; não foi e nem será, apenas é, pois é o Eterno e não se prende a tempo ou espaço. Viva tão somente com eterna gratidão pela cruz, pois isso alegra ao Eterno.
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Acesso: Outubro, 2017.
Dose de esperança em meio ao caos
A atual sociedade situada nessa infeliz crise, tem sofrido consequências. O desemprego já está visível, isso é incontestável; porém, o que não se enxerga por trás dos holofotes do cotidiano, são as almas. Almas sobrecarregadas de cansaço, trabalhos excessivos devido ao corte de funcionários e por isso elas são incumbidas de assumir funções maiores e fora de suas obrigações. Isso gera, no caso dos trabalhos manuais, problemas que surgem a longo prazo, resultam de movimentos repetitivos. Além disto, há os estresses psicológicos pela maior tarefa acumulada e danos emocionais surgem também. Com o tempo as pessoas se sobrecarregarão e sabe-se lá Deus o que acontecerá a elas. MAS, não quero aqui dar desesperanças mais do que já temos; como escrevo a uma página com um grande público cristão, quero conscientizá-los a orar por isso e a trazer en sua mente a memória daquilo que te dá esperança. De que os tempos mudam, pessoas mudam e no fim de toda crise há crescimento e maturidade adquirida ... e um Deus que independente do cenário continua nos ensinando a como viver em abundância existencial e nos trazendo a paz que as circunstâncias não nos podem trazer. Olhe para a flor e não somente para o chão seco e rachado.
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Acesso: Setembro, 2017.
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Acesso: Setembro, 2017.
sexta-feira, 20 de outubro de 2017
Como Você lê as Escrituras?
"Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?” “O que está escrito na Lei?”, respondeu Jesus. “Como você a lê?”
Ele respondeu: “‘Ame o Senhor, o seu Deus, de todo o seu coração, de toda a sua alma, de todas as suas forças e de todo o seu entendimento’ e ‘Ame o seu próximo como a si mesmo’”. Disse Jesus: “Você respondeu corretamente. Faça isso, e viverá”.
(Lucas, 10: 25 à 28 -Nvi)
O trecho acima, relata uma conversa muito interessante entre Jesus e este perito na lei. Ele pergunta uma questão importante a Jesus e em vez de responder, Jesus faz uma pergunta: "O que está escrito na lei e como você a lê?" Jesus poderia facilmente responder a questão, porém, quis ouvir sobre como aquele perito interpretava a lei. A grande lição que podemos extrair deste texto é a autonomia ao lermos a Bíblia. Outro exemplo está em Atos 17:11, nos famosos cristãos de Bereia, que examinavam as Escrituras para conferirem se o que Paulo, o grande apóstolo, dizia, era verdade mesmo. E por isso Lucas diz que eles eram mais nobres.
"Logo que anoiteceu, os irmãos enviaram Paulo e Silas para Beréia. Chegando ali, eles foram à sinagoga judaica. Os bereanos eram mais nobres do que os tessalonicenses, pois receberam a mensagem com grande interesse, examinando todos os dias as Escrituras, para ver se tudo era assim mesmo."
(Atos, 17:10 e 11 -Nvi).
Ora, muitos usam do jargão de que estão apenas "falando da Palavra de Deus". E eu digo que é verdade; mas a partir do momento que eu ou qualquer outra pessoa leia a Bíblia e explique o que leu... ela está lendo a Palavra de Deus segundo a sua ótica, segundo a sua subjetividade e experiências de vida; o que torna o pregador parcial. Não há imparcialidade no homem, seja quem ele for, e os bereianos entenderam isso. Todos concordamos nos fundamentos básicos, como o fato de Jesus ser Senhor, Filho de Deus, sobre a graça de Deus e por ai vai. Estas coisas estão explícitas na Bíblia; mas a aplicação destes princípios na nossa vida e a forma como vemos outras questões que não estão claras na Bíblia, ou que estão, mas são vistas de diferentes formas, devem ser analisadas e cada um deve ter convicção do que crê; pois afinal, não é o pastor que vai viver por você, caro leitor, mas você é quem vive o Evangelho e precisa ter o seu próprio ver de quem é Ele. A Bíblia em si, pode ser usada para defender qualquer ponto de vista e fazer inúmeras aplicações. Posso ler textos de um pressuposto e montar uma teologia sistemática, posso defender um sistema econômico ou político pelo Velho Testamento, como uma monarquia ou uma república e uma serie de coisas. Por isso, o Espírito Santo e o relacionamento são fundamentais para a nossa vida em Deus. Ele sabe falar com cada um da forma que cada um entenda, assim, conhecimento de Deus (Os 6:3) tem a ver com relacionamento.
Lutero foi a voz da Reforma Protestante que defendeu a livre interpretação das Escrituras e o fim do monopólio revelacional dos papas. Porém, com o decorrer dela na Europa e o surgimento de várias vertentes, brigas e intolerância pelas divergências, o monopólio continuou de forma mais sutil. Hoje, temos várias denominações evangélicas e confissões de fé padronizadas; pastores que arrogam-se detentores da revelação de Deus e do conhecimento bíblico e que depositam fé em suas doutrinas denominacionais. Isto vem do ser humano, arrogante e parcial por natureza. Mas o problema está quando a discordância é intolerada e beiramos algum totalitarismo religioso. E não há necessidade de sermos doutorados em teologia para conhecermos a Deus, pois a revelação de Deus vem pelo nosso relacionamento com Ele; pelo que vemos na Bíblia, usando Jesus e o que experienciamos nEle como lentes para isto. E nem por isso deixaremos de ser subjetivos. Mas será a sua subjetivdade, afinal é você que vai viver a sua vida com Deus.
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Acesso: Outubro, 2017.
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